O senador General Hamilton Mourão rebateu, da tribuna, declarações de Lula sobre as eleições na Venezuela, onde a principal candidata foi proibida de concorrer. O senador disse: “me causou espécie declaração feita ontem pelo Senhor Presidente da República a respeito do processo eleitoral da Venezuela, marcado de forma aleatória, podemos dizer assim, para o próximo dia 28 de julho, data do aniversário daquele que inaugurou o regime ditatorial que hoje lá existe. É o aniversário do falecido Hugo Chávez. Vou procurar aqui, de maneira rápida e dentro do tempo que eu disponho, aclarear para o Senhor Presidente da República e também para todos aqueles que nos acompanham, a situação que aquele país vive e poderão tirar suas conclusões sobre se lá existe um sistema democrático ou não”.
O senador relembrou o histórico da tomada do poder pela extrema-esquerda na Venezuela e a consolidação da ditadura atual. Mourão relatou: “Maduro, então, está há 11 anos no poder. As perseguições são incansáveis. As principais lideranças políticas ou se exilaram, ou estão presas. Hoje nós temos em torno de 300 presos políticos na Venezuela. Recentemente, uma ativista de direitos humanos, a Sra. Rocío San Miguel, foi presa e passou três, quatro dias incomunicável. Por ter naturalidade espanhola, houve uma pressão da Embaixada da Espanha, obviamente do Governo da Espanha, para que ela pudesse ter acesso, ou os seus advogados e sua família pudessem ter acesso a ela. Nesse processo todo, a debacle econômica do país, a debacle da cultura venezuelana, a debacle do povo venezuelano está registrada pelos mais de 8 milhões de venezuelanos que abandonaram o país, muitos deles vivendo aqui, no nosso Brasil, em situação muito ruim. A gente anda pelas nossas cidades e vê venezuelanos numa situação de mendicância pela dificuldade que têm de serem alocados em empregos aqui, no nosso país, e isso ocorre em outros países”.
Em aparte, o senador Rogério Marinho lembrou detalhes da brutal perseguição política na Venezuela e lamentou a grosseria de Lula ao se referir à candidata perseguida. Marinho disse: “E o Presidente não só minimiza como, inclusive, chega à grosseria de comparar a situação dele, porque havia sido preso em três instância por claras denúncias de corrupção comprovadas por centenas de delações, por mais de 50 acordos de leniência, por R$25 bilhões que foram devolvidos e por uma circunstância técnica, isso tudo está sendo objeto de um revisionismo histórico. E disse que a moça está chorando. Chorando, se não tem a quem apelar? Se todo o país está, de fato, aparelhado por uma ditadura perversa, cruel, que, de fato, se estabeleça o livre arbítrio e a competição?”
O senador afirmou: “me somo à preocupação de V. Exa., de que o Brasil esteja sendo colocado nessa situação pela miopia política, pela convergência ideológica e pela relativização de alguém que acredita que a democracia tem que ser tutelada. Porque ele fala mais, que se a oposição da Venezuela for igual à do Brasil, não serve a democracia para ele, ou seja, ele, ainda por cima, quer fazer uma eugenia, uma limpa na oposição. Só serve para ele a oposição que não lhe dê trabalho, que não o critique, que não o acompanhe, que não fiscalize e que não aponte os erros que esse Governo, infelizmente, teima em repetir”.
O senador Eduardo Girão, então, mencionou a resposta da candidata a Lula, e mostrou o paralelo entre os mecanismos utilizados por Lula e pelas ditaduras ‘amigas’, com o uso de um judiciário aparelhado para perseguir opositores. Ele disse: “Sobre essa declaração infeliz, mais uma do Presidente Lula, ela - abro aspas - diz assim: "Eu chorando? Diz isso porque eu sou mulher? Você não me conhece. Eu estou lutando para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e que têm o direito de participar das eleições livres para derrotar Maduro. A única verdade é que Maduro tem medo de me enfrentar porque sabe que o povo venezuelano está hoje nas ruas comigo". E olha, não existe coincidência. Essa senhora perseguida, assim como tantos outros lá na Venezuela que fazem oposição, ela foi fundadora da frente nacional venezuelana e foi inabilitada por quem? Pela Suprema Corte de Justiça, por 15 anos. Não existe coincidência. Maduro recebeu o tapete vermelho estendido aqui por Lula nos primeiros meses de governo. E antes a gente não podia dizer durante as eleições, o candidato Bolsonaro não podia dizer que Lula era aliado a Maduro. E nós estamos vendo a verdade triunfar e a máscara cair”.
O general Mourão lembrou: “Corroborando o que foi colocado pelos meus dois colegas, nesse processo, da Suprema Corte, a primeira parte dela, o Chávez aumentou o número de magistrados, coisa que se dizia que o Presidente Bolsonaro ia fazer aqui e que jamais foi feito. Então, ao aumentar o número de magistrados, ele adquiriu o controle da Suprema Corte, fora ter nomeado todos os juízes, todos os magistrados do poder eleitoral. Então, a partir daí, não há eleições livres na Venezuela. É isso que tem que ficar colocado”.
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