terça-feira, 14 de maio de 2024

Embaixador Ernesto Araújo analisa ‘guinada’ da conduta dos EUA em reação à ascensão totalitária no Brasil e consequências de audiência no Congresso dos EUA


Durante transmissão do programa Código-Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, explicou a importância da audiência pública no Congresso dos Estados Unidos que expôs as violações de direitos humanos pelo judiciário controlado pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo governo Lula. O diplomata explicou a composição da comissão, que é presidida pelo deputado Republicano Chris Smith, de direita, e tem uma vice-presidente de esquerda. 

Ernesto Araújo explicou que o avanço do totalitarismo é um problema em todo o mundo, com alguns países importantes formando um eixo totalitário, e que os Estados Unidos ainda fazem parte de um eixo que defende a liberdade. O diplomata apontou que há uma profunda divisão interna nos Estados Unidos, com apoiadores do totalitarismo avançando. Ele disse: “Os Estados Unidos não estão tranquilos nem diante do mundo nem diante de si mesmos. Então, existem hoje praticamente dois Estados Unidos. Existe um que está muito confortável no mundo do avanço totalitário, e outro que não está confortável; um que está abrindo as próprias portas americanas para criação de uma sociedade de vigilância e controle, e outro que quer preservar os Estados Unidos como uma sociedade livre e, se possível, ajudar a defender essa liberdade no resto do mundo”.

O diplomata explicou que, nos Estados Unidos, os defensores da liberdade têm uma tradição de proteger as democracias pelo mundo. Ele disse: “É uma visão de mundo que os Estados Unidos têm seguido, mas que parece uma visão essencial, de que o conteúdo de um país é determinante na maneira como você deve ver e se relacionar com esse país, e não apenas o seu volume de comércio ou o seu poder militar. E que um mundo onde totalitarismos sejam especialmente fortes será um mundo onde a democracia será cada vez mais fraca”.

Araújo comentou o discurso inicial do deputado Chris Smith, apontando que o deputado reconhece os riscos, para os Estados Unidos, do fim da democracia no Brasil. O diplomata disse: “ele enquadrou muito bem o tema do Brasil, em função daquilo que está acontecendo no Brasil, da erosão de liberdades básicas, fundamentalmente da liberdade de expressão. E enquadrou isso diante de uma perspectiva histórica, sobretudo falando de Cuba. Como é o modelo que está sendo adotado pelo Brasil, tem semelhança com o modelo de Cuba e modelo já tradicional de um país totalitário na América Latina. (...) e deu a perspectiva da importância da democracia brasileira para a democracia americana, ou seja, a importância de que o Brasil tenha uma democracia. Diante dessa visão tradicional, tradicionalíssima, americana, fundacional dos Estados Unidos, de que o mundo não é um bando de país, todos equivalentes. Não. O mundo é feito de países que têm um ideal de liberdade e outros que não têm. E esses são normalmente uma ameaça para os que têm. [z2] Então, ver o Brasil renunciando ao ideal de liberdade significa menos um país, e um importantíssimo país, na coluna da Liberdade, e mais um país na coluna do totalitarismo. Isso é uma ameaça, portanto, para um mundo onde os Estados Unidos querem viver”.

O embaixador explicou ainda que o deputado utilizou um artigo de uma especialista em América Latina para apontar os problemas essenciais na violação de direitos promovida por Moraes no Brasil. Araújo enfatizou que a jornalista, no artigo citado pelo deputado, explica “que, no Brasil, nós temos uma Suprema Corte aliada de políticos ideológicos e corruptos”. O diplomata disse: “achei interessante ele trazer isso, inclusive trazer isso não pela própria voz dele, mas pela voz de alguém que está acompanhando o Brasil e a América Latina há muito tempo. Então, não é apenas a questão de um juiz que toma decisões polêmicas a respeito de liberdade de expressão. Não. É uma suprema Corte aliada de políticos ideológicos e corruptos ideológicos”. 

Ernesto Araújo prosseguiu: “ou seja, com uma linha de formato de sociedade que é o oposto do formato de sociedade livre. E corruptos, como pouca dúvida se pode ter. E isso, portanto, é a ditadura do corruptariado, na minha nomenclatura. Não apenas um conjunto de determinados desmandos judiciais, mas todo um sistema de poder que envolve os três poderes. Envolve toda uma classe política, envolve não só Judiciário, mas Legislativo, Executivo também”.

O diplomata explicou que a vice-presidente da comissão assumiu o papel da esquerda de repetir as narrativas que justificam a implantação do totalitarismo. Ele disse: “ela assumiu o lado de defensora da Suprema Corte brasileira e defensora de todo esse mecanismo de poder que eu chamo de corruptariado brasileiro. E ela, então, mostrou a identificação do partido Democrata com uma forma de poder no Brasil. Esse núcleo de bandidagem, de roubo, distorção e de, no fundo, destruição do país, com uma casta de palavras como democracia, Estado democrático de direito. Ela, então, coloca o Partido Democrata americano do lado dessa coisa, dessa gosma existente no Brasil”.

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