O senador Eduardo Girão apresentou, da tribuna, mais dois casos de perseguição politica a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, detalhando os absurdos de cada caso. O senador falou logo após a senadora Rosana Martinelli, ela própria vítima da perseguição política do ministro, e manifestou sua solidariedade. Ele disse: “na esteira do que falou agora a nossa Senadora Rosana, eu quero falar sobre cidadãos brasileiros perseguidos pelo Ministro Alexandre de Moraes: Filipe Martins e a família Mantovani”.
O senador relatou o caso de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi preso com base em alegações falsas que, ainda que fossem reais, não motivariam a prisão. O senador apontou que Martins foi “acusado de participar de uma trama golpista para manter o ex-Presidente no poder”. Girão comentou: “Esta é uma narrativa que o Ministro Moraes vem procurando impor”.
Ao explicar a narrativa, o senador mencionou outro preso político do ministro, o Tenente-Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que, em desabafo, descreveu a situação da perseguição no Brasil, dizendo: “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação. Se eu não colaborar, vou pegar trinta, quarenta anos [de prisão]".
Girão lembrou também a situação da senadora Rosana Martinelli e disse: “isso veio para nós, para todos nós, para esfregar na nossa cara, a sua vinda aqui, como: vamos acordar, vamos acordar, porque tem muita gente sendo injustiçada neste país”.
Retomando o caso de Filipe Martins, o senador expôs que o ex-assessor foi preso e, em seguida, transferido para uma penitenciária de forma irregular, e permanece preso há quatro meses. O senador mostrou que, além de não haver qualquer prova de que Martins tenha deixado o Brasil, há provas em abundância do contrário. Ele disse: “Portanto, o correto e justo é a libertação imediata do prisioneiro político com pedidos de desculpas, é o mínimo. É como o caso da Senadora: não vai reparar, tem outros meios para se buscar a reparação contra o Estado. Mas é o mínimo que se faça agora, a libertação - porque tem vítimas envolvidas, tem famílias envolvidas -, e um pedido de desculpas”.
O senador apresentou ainda outro caso, da família Mantovani, em que bastou que o ministro alegasse uma suposta agressão para que várias pessoas fossem submetidas a medidas arbitrárias e violação de seus direitos fundamentais. Ele lembrou: “o pior de mais essa história de perseguição política e abuso de autoridade é o STF ter decidido manter o sigilo das câmaras de segurança. Uma vergonha! Então, a gente tem que parar com narrativa”.
Eduardo Girão se insurgiu contra o uso da polícia federal para a perseguição política. Ele disse: “Não pode se servir de algum grupamento dessa polícia - porque aí vira policialesco o Estado - um ministro do Supremo. Não se pode ter esse tipo de coisa. Ninguém é dono do Brasil. O Brasil tem uma Constituição. O Brasil tem uma Carta Magna, o Brasil tem um Senado Federal. O Brasil tem a Câmara, tem um Congresso Nacional. Precisa existir respeito entre as instituições, mas parece que não. Parece que um manda nos outros e faz o que quer, como um ditador. E está na hora de acabar com isso”.
O senador disse: “O Brasil precisa de pacificação, e o fim desses inquéritos eu acredito que é um caminho seguro dessa pacificação: o fim desses inquéritos ilegais, desses inquéritos que não tiveram da PGR a aprovação no início, os inquéritos chamados por colegas do Supremo Tribunal Federal de inquéritos do fim do mundo. Que o Brasil respeite o nosso ordenamento jurídico e que o Senado possa fazer parte desse papel de pacificação”.
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