terça-feira, 27 de maio de 2025

Deputado Marcon é aplaudido ao mostrar como Hugo Motta está inutilizando a Câmara dos Deputados: ‘votamos, somos atropelados, feitos de palhaço e morreu o assunto’


O deputado Maurício Marcon foi aplaudido no plenário ao pedir desculpas por ter votado em Hugo Motta para a presidência da Câmara dos Deputados, mostrando que o presidente daquela Casa Legislativa vem contribuindo fortemente para torná-la completamente irrelevante. 

O deputado iniciou dizendo: “subo a esta tribuna hoje, de uma forma muito humilde, para que fique registrado nos Anais desta Casa, o meu pedido de desculpas à população brasileira, em especial aos eleitores que em mim votaram em 2022”. Ele explicou: “No começo deste ano, cometi um erro que considero um erro grave na minha trajetória política, votando em uma pessoa para presidir esta Casa que dizia que iria cumprir o mínimo dos acordos que teve com a Oposição”.

Marcon lembrou que Hugo Motta se comprometeu com a oposição em várias pautas e, depois de eleito, nada fez em relação a esses compromissos. O deputado lembrou que a oposição concordou em votar em Motta com o compromisso de pautar a anistia aos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, e disse: “o Presidente Hugo Motta se comprometeu com a Oposição que pautaria a anistia para os presos do 8 de Janeiro. Até agora, o que nós tivemos foi somente enrolação e mentiras. Ele diz, por exemplo: "Olha, não adianta nós aprovarmos isso, porque, quando chegar ao Supremo, eles vão barrar". Ora! Então, feche-se o Congresso. Fechem-se as portas desta pocilga, se nada que é votado aqui tem valor, se o Presidente do Congresso ou da Câmara dos Deputados tem que temer meia dúzia de togados do outro lado da rua. Se a nossa voz, que representa milhares, não tem mais valor, que se feche e se economize o dinheiro”.

O deputado prosseguiu apresentando exemplos em que o presidente da Casa contribuiu para a anulação do trabalho dos representantes do povo. Ele lembrou que a Casa votou para suspender o inquérito contra o deputado Ramagem e o ex-presidente Bolsonaro, e o Supremo suspendeu a decisão da Câmara. Marcon disse: “Nós votamos nesta Casa a suspensão desse inquérito patético de golpe no Supremo Tribunal Federal. A maioria dos Parlamentares, por larga margem, disse que aquilo deveria ser parado. O que o Supremo fez de forma relâmpago? Suspendeu. O que o Presidente da Casa fez? Tomou uma atitude teatral, entrou com um nada lá para ganhar tempo. E eles estão nem aí para nós, como se nós não importássemos nada, e não importamos mesmo,  pela postura que o Presidente tem. Morreu o assunto. Votamos, fomos atropelados, feitos de palhaço e morreu o assunto”. 

Maurício Marcon lembrou ainda que, mesmo em meio ao escândalo da roubalheira no INSS, a preocupação do presidente da Câmara é em impedir as investigações. Da mesma forma, o presidente da Câmara não reagiu ao pedido da AGU de Lula para que o STF implemente a censura, passando por cima do Congresso. O deputado lembrou ainda que o governo aumentou impostos, e disse: “o que o Presidente Hugo Motta fez? Foi ao Twitter, falou que isso é inadmissível, que não se constrói nada assim. Por que não faz algo concreto? Paute o PDL protocolado por diversos Parlamentares oposicionistas para derrubar esse absurdo. Vai fazer? Duvido. Duvido, e o povo vai se danar de novo pagando mais imposto”.

O deputado lembrou ainda a ausência de defesa das prerrogativas dos parlamentares eleitos pelo povo, mostrando o exemplo da perseguição ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, e disse: “o que a gente mais vê na rede social são pessoas dizendo: "Vocês estão lá fazendo o quê? Se nada que vocês decidem vale, se nada que vocês fazem vale?" E eu concordo 100% com quem fala isso na Internet. Nós não fazemos nada aqui. E aliás, a grande medida de Hugo Motta até aqui, foi qual? Aumentar o número de fazedores de nada nesta Casa. Aumentar o número de Deputados. Para quê? Para onerar ainda mais o bolso do trabalhador. O povo não aguenta mais! E termino esse discurso pedindo, mais uma vez, desculpa por ter votado em Hugo Motta”.

A concentração de poderes nas mãos dos presidentes das Casas Legislativas vem, há anos, levantando questões sobre a representatividade do Congresso, e até sobre a utilidade dos parlamentares, já que o papel dos representantes eleitos pelo povo fica reduzido a zero. Na Câmara e no Senado, até mesmo pedidos subscritos pela maioria dos parlamentares são deixados de lado pelos presidentes, sem sequer justificar suas decisões. 

Na Câmara, um requerimento de urgência para o projeto da anistia aos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi assinado por uma ampla maioria dos deputados, e ignorado pela vontade do presidente Hugo Motta, que “justificou” dizendo que alguns líderes partidários teriam concordado com ele. No Senado, um requerimento assinado pela maioria dos senadores para sustar as medidas arbitrárias impostas ao senador Marcos do Val pelo ministro Alexandre de Moraes foi descartado com deboche pelo presidente Davi Alcolumbre. 

Há anos, no Senado, o colegiado se submete à vontade de um único senador, como ocorre com os pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Embora a apreciação dos pedidos seja responsabilidade do Senado Federal, os presidentes vêm impedindo qualquer apreciação pelo colegiado, empilhando os pedidos em suas gavetas. 

Sem controle externo, alguns ministros do Supremo agem ao arrepio da Constituição. Em inquéritos secretos, o ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, promove uma aberta perseguição a adversários políticos. Em um desses inquéritos, a Folha Política teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. O inquérito foi arquivado por falta de indícios de crimes, mas os dados sigilosos foram compartilhados com outros inquéritos, abertos de ofício, e com a CPI da pandemia, que compartilhava dados sigilosos com a velha imprensa. 

Sem justificativa jurídica, o ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, confiscou toda a renda da Folha Política e de outros sites e canais conservadores, para impedir suas atividades. A decisão teve o aplauso e respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Toda a renda de mais de 20 meses do nosso trabalho é retida, sem justificativa jurídica. O inquérito já está no quinto relator, a ministra Isabel Galotti, e a renda segue confiscada enquanto o inquérito é passado de relator em relator sem que qualquer direito de defesa seja concedido aos investigados. 

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há mais de 10 anos, a Folha Política vem mostrando os fatos da política brasileira e dando voz a pessoas que o cartel midiático quer calar. Pix: ajude@folhapolitica.org

Nossa renda está bloqueada por ordem do TSE. 

Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org

Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário