O deputado Maurício Marcon foi aplaudido no plenário ao pedir desculpas por ter votado em Hugo Motta para a presidência da Câmara dos Deputados, mostrando que o presidente daquela Casa Legislativa vem contribuindo fortemente para torná-la completamente irrelevante.
O deputado iniciou dizendo: “subo a esta tribuna hoje, de uma forma muito humilde, para que fique registrado nos Anais desta Casa, o meu pedido de desculpas à população brasileira, em especial aos eleitores que em mim votaram em 2022”. Ele explicou: “No começo deste ano, cometi um erro que considero um erro grave na minha trajetória política, votando em uma pessoa para presidir esta Casa que dizia que iria cumprir o mínimo dos acordos que teve com a Oposição”.
Marcon lembrou que Hugo Motta se comprometeu com a oposição em várias pautas e, depois de eleito, nada fez em relação a esses compromissos. O deputado lembrou que a oposição concordou em votar em Motta com o compromisso de pautar a anistia aos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, e disse: “o Presidente Hugo Motta se comprometeu com a Oposição que pautaria a anistia para os presos do 8 de Janeiro. Até agora, o que nós tivemos foi somente enrolação e mentiras. Ele diz, por exemplo: "Olha, não adianta nós aprovarmos isso, porque, quando chegar ao Supremo, eles vão barrar". Ora! Então, feche-se o Congresso. Fechem-se as portas desta pocilga, se nada que é votado aqui tem valor, se o Presidente do Congresso ou da Câmara dos Deputados tem que temer meia dúzia de togados do outro lado da rua. Se a nossa voz, que representa milhares, não tem mais valor, que se feche e se economize o dinheiro”.
O deputado prosseguiu apresentando exemplos em que o presidente da Casa contribuiu para a anulação do trabalho dos representantes do povo. Ele lembrou que a Casa votou para suspender o inquérito contra o deputado Ramagem e o ex-presidente Bolsonaro, e o Supremo suspendeu a decisão da Câmara. Marcon disse: “Nós votamos nesta Casa a suspensão desse inquérito patético de golpe no Supremo Tribunal Federal. A maioria dos Parlamentares, por larga margem, disse que aquilo deveria ser parado. O que o Supremo fez de forma relâmpago? Suspendeu. O que o Presidente da Casa fez? Tomou uma atitude teatral, entrou com um nada lá para ganhar tempo. E eles estão nem aí para nós, como se nós não importássemos nada, e não importamos mesmo, pela postura que o Presidente tem. Morreu o assunto. Votamos, fomos atropelados, feitos de palhaço e morreu o assunto”.
Maurício Marcon lembrou ainda que, mesmo em meio ao escândalo da roubalheira no INSS, a preocupação do presidente da Câmara é em impedir as investigações. Da mesma forma, o presidente da Câmara não reagiu ao pedido da AGU de Lula para que o STF implemente a censura, passando por cima do Congresso. O deputado lembrou ainda que o governo aumentou impostos, e disse: “o que o Presidente Hugo Motta fez? Foi ao Twitter, falou que isso é inadmissível, que não se constrói nada assim. Por que não faz algo concreto? Paute o PDL protocolado por diversos Parlamentares oposicionistas para derrubar esse absurdo. Vai fazer? Duvido. Duvido, e o povo vai se danar de novo pagando mais imposto”.
O deputado lembrou ainda a ausência de defesa das prerrogativas dos parlamentares eleitos pelo povo, mostrando o exemplo da perseguição ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, e disse: “o que a gente mais vê na rede social são pessoas dizendo: "Vocês estão lá fazendo o quê? Se nada que vocês decidem vale, se nada que vocês fazem vale?" E eu concordo 100% com quem fala isso na Internet. Nós não fazemos nada aqui. E aliás, a grande medida de Hugo Motta até aqui, foi qual? Aumentar o número de fazedores de nada nesta Casa. Aumentar o número de Deputados. Para quê? Para onerar ainda mais o bolso do trabalhador. O povo não aguenta mais! E termino esse discurso pedindo, mais uma vez, desculpa por ter votado em Hugo Motta”.
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