Durante o “julgamento” do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno, o advogado do General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, expôs a manipulação de provas, o cerceamento da defesa, e a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que não se comporta como juiz, mas sim como inquisidor, chegando ao ponto de produzir provas por iniciativa própria para fortalecer a narrativa que é a base do processo.
O advogado Matheus Milanez mostrou que o ministro Alexandre de Moraes chegou a incluir perguntas baseadas em postagens de redes sociais que não estavam nos autos. Ele apontou que o ministro Alexandre de Moraes fez mais perguntas do que o próprio Ministério Público e questionou: “aqui nós temos um fato curioso: uma das testemunhas foi indagada pelo ministro relator a respeito de uma postagem que não consta dos autos. Ou seja, nós temos uma postura ativa, do ministro relator, de investigar testemunhas”. Ele lembrou que, quando há Direito, o juiz tem que ser imparcial e não assumir o papel de investigador.
A deputada Caroline De Toni comentou:
“Já vínhamos denunciando há muito tempo os vícios desse julgamento, e hoje isso ficou ainda mais evidente. O advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, foi categórico ao expor as dificuldades impostas à defesa. Foram entregues mais de 20 terabytes de arquivos compactados, o que, em termos práticos, equivale a 10 milhões de páginas em PDF ou cerca de 4.000 horas de vídeo em HD, para análise em um curtíssimo espaço de tempo. Para agravar, novos documentos foram inseridos apenas dois dias antes do julgamento, inviabilizando qualquer preparação adequada.
Isso não é devido processo legal. É armadilha processual. Nem mesmo criminosos de alta periculosidade, acusados dos piores delitos, têm suas garantias fundamentais tão desprezadas. O que se vê aqui é o cerceamento da ampla defesa e a completa deturpação do papel da Justiça”.
O deputado estadual Gil Diniz destacou:
“O JUIZ NÃO PODE SER ACUSADOR E JULGADOR AO MESMO TEMPO
Na fala do advogado do General Heleno, foi lembrada uma lição fundamental de Ferrajoli: no sistema acusatório, não cabe ao juiz produzir provas, da mesma forma que não cabe ao acusador julgar. Quando o magistrado assume a função de buscar a prova e depois decide com base naquilo que ele mesmo produziu, deixa de existir imparcialidade.
Esse é justamente o drama que vivemos hoje no Brasil. Alexandre de Moraes age como acusador, investigador e juiz ao mesmo tempo, violando a essência do processo acusatório e rasgando a Constituição. Não há Justiça quando as regras são atropeladas por quem deveria garanti-las. O que se vê é perseguição política travestida de processo judicial”.
O deputado Carlos Jordy disse: “Advogado de General Heleno deixa explícito como Moraes violou o sistema acusatório e assumiu a função do Ministério Público, algo que somente se vê em ditaduras, onde vigora o sistema inquisitório”.
O advogado Fabio Pagnozzi elogiou:
“Excelente defesa do doutor Matheus Mayer Milanez, advogado do general Augusto Heleno.
É absolutamente incabível que um magistrado assuma a postura de juiz inquisidor, concentrando em si funções que não lhe competem. Por muito menos, o próprio STF anulou inteiramente a Operação Lava Jato e proferiu longos sermões de moralidade ao então juiz Sérgio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol — lições que hoje se revelam mais falsas do que nunca.
O processo em curso está eivado de vícios insanáveis, o que compromete de forma irreparável sua legitimidade e validade”.
A cidadã Jakelyne Loiola observou: Defesa de General Heleno ataca atuação de Moraes: "Não existe imparcialidade". A defesa resumiu todo esse espetáculo ridículo”.
O deputado estadual Major Mecca disse: “Sensacional a manifestação do advogado do General Heleno! É inadmissível que quem produz a prova seja o mesmo a julgá-la. Isso está longe de ser um tribunal imparcial; é a essência de um tribunal inquisitório”.
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