Gustavo Gayer se enfurece, perde a paciência frente a frente com petistas e exige impeachment de Moraes: ‘Atrocidades!’
O deputado Gustavo Gayer se enfureceu durante debate na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ao falar sobre o avanço totalitário no Brasil. O deputado apontou: “já tem tempo que eu me pergunto como que os alemães, nos anos 30, aceitaram que o regime totalitário chegasse, as proporções a que ele chegou e as atrocidades fossem cometidas da forma como foram, tornando-se um dos momentos mais negros da história da humanidade. Como que pessoas comuns, pais, mães de família, pessoas que trabalham, avós aceitaram aquelas outras atrocidades? É uma pergunta que durante muito tempo não teve resposta. Agora a gente consegue encontrar a resposta dela analisando o que está acontecendo no Brasil, capitaneada pela esquerda e por uma imprensa que faz questão de esconder a verdade da população”.
O deputado listou uma série de absurdos que vêm ocorrendo na perseguição política empreendida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e seus asseclas, e disse: “essa pergunta de como que a Alemanha chegou naquele nível de atrocidade está sendo respondida aqui no Brasil com atos da esquerda”.
Gayer lembrou que há anos, os conservadores vêm alertando sobre a escalada do totalitarismo e disse: “Nós estamos avisando: o caminho que o Brasil está indo é o caminho da miséria, é o caminho da tortura, da ditadura, da censura, da perseguição, que já está acontecendo. Não é um futuro distante, não, já está acontecendo”.
O deputado exemplificou o uso político do Judiciário com uma comparação: “um assessor sob coação, intimidação, ameaça, fez cinco versões diferentes de delação sem apresentar prova alguma. E é o bastante para prender o Bolsonaro. Do lado de lá, um assessor com provas, ameaçado, intimidado, para que ele não denunciasse, denunciou Alexandre de Moraes. Apresentou sete gigabytes de prova. E não sai uma linha na imprensa. E o Alexandre de Moraes manda bloquear as contas dele e quer que esse cara seja preso. Qual é a diferença desses dois assessores?”.
O deputado Gustavo Gayer lamentou a omissão subserviente do Congresso brasileiro, dizendo: “A gente está aqui brincando de casinha? Esse congresso foi dissolvido! Qualquer um que fala alto aqui é busca e apreensão na sua casa - ‘Rapaz, quem você acha que é para questionar o Moraes?’ - Pelo amor de Deus! A gente vota alguma coisa, e ele, em uma canetada, vai lá e derruba! Então fecha isso! Assume que é uma ditadura logo! Pára de tirar tempo da gente, sair das nossas famílias pra vir aqui brincar de casinha. Nunca na história do Brasil foi tão importante deputados e deputadas com coragem como agora”.
O deputado afirmou: “O Brasil é um refém do mal, hoje. O Brasil é refém do crime organizado. O Brasil é refém de um ditador que saiu do controle, que até o STF admite que não consegue controlar mais”. Gayer lembrou que, no Senado, há 41 assinaturas pelo impeachment do ministro, mas o presidente Davi Alcolumbre se recusa a pautar.
O deputado disse: “O Brasil precisa virar essa página. Nós somos vistos hoje pelo mundo como um país que abandonou a democracia, abandonou a liberdade. Um país que está exportando facções criminosas - PCC e Comando Vermelho, que lava dinheiro pra Hamas, que tem um líder que grava vídeo apoiando Lula. Agora vem querer culpar a direita, com as cagadas que a esquerda vem fazendo no nosso país ao longo das últimas décadas? Hipócritas, verdadeiros hipócritas”.
Apesar de alguns senadores agirem no limite de seus poderes para frear os atos autoritários de ministros das cortes superiores, a Casa legislativa, como um todo, permanece cega, surda e muda, indiferente aos ataques à democracia, graças ao seu presidente, que engaveta todos os pedidos de impeachment de ministros de cortes superiores que chegam às suas mãos.
Os senadores há muito tempo têm conhecimento dos inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, utilizando delegados da polícia federal escolhidos a dedo para promover uma imensa operação de “fishing expedition” contra seus adversários políticos. O desrespeito ao devido processo legal e a violação ao sistema acusatório são marcas dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro e já foram denunciados pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, que promoveu o arquivamento do inquérito das Fake News, também conhecido como “Inquérito do Fim do Mundo”, e também por inúmeros juristas, inclusive em livros como “Inquérito do fim do Mundo”, “Sereis como Deuses”, “Suprema desordem: Juristocracia e Estado de Exceção no Brasil”, “Censura por Toda Parte”. O ministro Alexandre de Moraes já foi chamado de “xerife” pelo então colega Marco Aurélio Mello pelos excessos cometidos em seus inquéritos. Na imprensa internacional, as denúncias vêm se avolumando. O ministro Kássio Nunes Marques consignou, em voto, as violações de direitos humanos nas prisões em massa ordenadas por Moraes. Apesar das constantes denúncias, o Senado brasileiro segue inerte.
Os senadores sabem sobre os jornais que foram “estourados” e tiveram todos os seus equipamentos apreendidos, e sabem sobre os jornalistas perseguidos, presos e exilados. Os senadores não apenas foram informados sobre a invasão de residências de cidadãos e apreensão de bens, mas também viram, sem qualquer reação, operações contra seus próprios membros, o senador Arolde de Oliveira e o senador Marcos do Val. Os senadores sabem que muitos meios de comunicação vêm sendo censurados há muito tempo. Os senadores souberam sobre a prisão do deputado Daniel Silveira, em pleno exercício do mandato, por palavras em um vídeo. Os senadores sabem que o ex-deputado voltou a ser preso, por supostas violações a medidas cautelares que foram impostas em um processo que tinha sido extinto pela graça presidencial. Os senadores sabem que a graça presidencial, constitucional, foi cancelada.Os senadores foram informados sobre a perseguição a jornalistas, que são censurados, impedidos de exercerem sua profissão, e têm bens e redes sociais bloqueados. Os senadores sabem que ativistas passaram um ano em prisão domiciliar, sem sequer denúncia, obrigados a permanecer em Brasília, mesmo morando em outros estados. Os senadores sabem das violações a prerrogativas de advogados. Os senadores sabem sobre a prisão de Roberto Jefferson, presidente de um partido, e sua destituição do cargo a mando de Moraes. Os senadores sabem da censura a parlamentares. Os senadores sabem que jornais, sites e canais conservadores têm sua renda confiscada. Os senadores sabem sobre as prisões em massa sem individualização de condutas, sob acusações descabidas. Os senadores sabem sobre as multas estratosféricas e confiscos de propriedade. Os senadores sabem que crianças ficam presas com seus pais, sem meios de sustento, em “cautelares” sem prazo para acabar. Os senadores sabem que Clériston Pereira da Cunha morreu no cárcere, com um pedido de soltura aguardando que o ministro se dignasse a apreciar. Os senadores sabem que outras pessoas presas injustamente só foram soltas após a morte do preso político no cárcere. Os senadores sabem que há outros mortos. Os senadores sabem sobre os exilados políticos. Os senadores conhecem muitos outros fatos. Mesmo assim, todos os pedidos de impeachment, projetos de lei, e requerimentos de CPI seguem enchendo as gavetas do presidente daquela Casa.
Há quase seis anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal.
O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.
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