sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Alê Silva pede união por CPMI: ‘nem na chamada ditadura militar os presos políticos tiveram restrição no acesso à defesa’


A ex-deputada Alê Silva, em live transmitida por suas redes sociais, falou sobre as restrições que estão sendo impostas ao direito de defesa das pessoas que foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Alê Silva relatou que vem atuando como advogada na defesa de muitos presos políticos, e que não consegue agendar visitas no parlatório virtual. 

Alê Silva relatou os absurdos da situação jurídica dos presos políticos: “nem mesmo no tempo da chamada ditadura militar no Brasil, os presos políticos ficaram sem ter o direito de terem à sua disposição os seus advogados de defesa. Então, está tudo muito absurdo, tudo muito grande. Nada está sendo respeitado, nenhuma legislação. A OAB nacional não se manifesta. Os advogados estão tendo suas prerrogativas todas afrontadas, mas a OAB não se manifesta a respeito”. 

A ex-deputada afirmou: “o que eu posso dizer para vocês é que a gente não vai desistir. Se essa é a expectativa de quem é contra a gente, podem tirar o cavalinho da chuva, porque nós não vamos desistir de ajudar nossos irmãos patriotas. Hoje nós temos mais de 900 pessoas presas, sem individualização da pena, sem o devido processo legal. A maioria ali é inocente”.

Alê Silva questionou a resistência que vem sendo feita pelo governo federal, que tenta evitar investigações sobre os fatos. Ela disse: “o próprio governo federal não tem interesse nenhum que se investigue mais a fundo esses fatos do dia 8, tanto é que o governo é contra a CPMI e colocou sigilo nas imagens. Então, o que o governo federal, a pessoa que está ocupando o cargo de PR, o que pensam? Por que todo esse receio? O que mais pode vir à tona?” 

Alê Silva explicou: “como temos falado: tudo o que estava ao nosso alcance no nível judicial foi feito. Agora, nos resta a força política. Precisamos que os deputados e senadores, principalmente aqueles que foram eleitos com o voto bolsonarista, que eles se unam e venham em apoio a essas pessoas inocentes que estão sofrendo essa injustiça”. 

Ao responder a perguntas, a ex-deputada explicou que os presos políticos estão sendo acusados de crimes graves, mesmo sem qualquer evidência, simplesmente para diminuir as possibilidades de defesa. 

Embora o mês de fevereiro já esteja chegando ao fim, o parlamento mal começou suas atividades. Enquanto os parlamentares aproveitam seu recesso estendido, cidadãos vêm sendo perseguidos brutalmente por discordarem das narrativas que estão sendo impostas pela extrema-esquerda, utilizando o judiciário para impor medidas “cautelares” em inquéritos intermináveis, sem acesso ao direito de defesa ou ao devido processo legal. 

No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; quebra de sigilos do ajudante de ordens do presidente da República; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; entre outras. Embora os deputados e senadores tenham pleno conhecimento desses excessos, nenhuma reação efetiva aconteceu ao longo dos quase quatro anos em que os inquéritos são conduzidos sem qualquer limitação. 

A totalidade da renda da Folha Política, assim como de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ex-corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, com o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O inquérito administrativo já se arrasta há mais de um ano e meio, chegando ao seu terceiro relator, o ministro Benedito Gonçalves, que, dia após dia, mantém vigente a ordem que retira o sustento de famílias e empresas.  Há mais de 19 meses, todos os rendimentos do jornal estão sendo retidos sem justificativa jurídica. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode nos ajudar a continuar nosso trabalho, doe qualquer valor através do Pix, usando o QR Code que está visível na tela, ou com o código ajude@folhapolitica.org

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