sábado, 25 de março de 2023

Senador denuncia ‘acordo tácito’ com o crime organizado e questiona ‘hipocrisia de dois pesos e duas medidas’ do STF


O senador Márcio Bittar apontou, da tribuna do Senado, que o crime organizado assumiu um tamanho inaceitável, anotando a responsabilidade do Congresso Nacional nessa situação. O senador disse: “o que me choca, quando eu ando no meu estado – vim de lá ontem –, é que me parece que há uma espécie de acordo, claro, não falado, não escrito, não divulgado, mas parece um acordo tácito pelo qual, em determinado nível, o Estado passou a aceitar que as facções criminosas, ao que parece, vieram para ficar. E a origem disso, se não está toda aqui no Parlamento, tem a nossa culpa” 

O senador questionou as ligações de Lula e sua equipe com grupos criminosos, e também as declarações que vêm sendo dadas, reiteradamente, pelo presidente. Bittar questionou: “A vitória não foi suficiente para amansar o coração do Presidente? Precisa ele, numa coletiva, numa entrevista, dizer as palavras que ele disse para um Senador da República? Será que a vitória não foi suficiente para passar por cima disso?”. O senador apontou ainda que o presidente e sua base promovem ataques coordenados a figuras escolhidas, e não recebem, da velha imprensa e do STF, o mesmo tratamento que era dispensado a Bolsonaro. Bittar disse: “Somam-se a essa declaração as declarações contra o Banco Central. Vamos lembrar que, quando o Bolsonaro fazia crítica, o que a esquerda dizia de forma uníssona? "É um atentado à democracia, está atentando contra os Poderes”". 

O senador afirmou: “Quando o Presidente fala e libera Líderes do seu partido na Câmara e no Senado para atacarem a autonomia do Banco Central, não é uma instituição da República Federativa do Brasil que está sendo atacada? Quando o Presidente anda pelo mundo com representantes do Governo, dizendo que houve um golpe no Brasil, ele está falando contra o Congresso Nacional, contra o Senado da República e contra o Supremo Tribunal Federal. Afinal de contas, quem presidiu a sessão que impitimou a ex-Presidente Dilma Rousseff foi o Ministro do Supremo Tribunal Federal, o Lewandowski. Então, essas declarações nós não podemos continuar assistindo calados: hipocrisia de dois pesos e duas medidas”.

Bittar fez um alerta: “as declarações, o comportamento do atual Governo, que venceu a eleição, quando ele ataca o Supremo Tribunal Federal, porque, quando ele chama que foi golpe, ele está atacando o Supremo Tribunal Federal. Imagina se fosse o Bolsonaro que dissesse isso?”. 

Após o senador Kajuru tentar relativizar as declarações de Lula, Bittar respondeu: “Eu acho que a hipocrisia está em usar dois pesos e duas medidas”. O senador acrescentou: “o que eu chamava a atenção na tribuna é: quando o ex-Presidente falava coisas como as que eu ouço agora, ele era taxado e criticado duramente, como alguém que estava atentando contra a democracia e as instituições. Isso continua acontecendo. Aí seria hipocrisia não mencionar”.

No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. 

No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; quebra de sigilos do ajudante de ordens do presidente da República; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; entre outras. 

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