quarta-feira, 12 de julho de 2023

Flávio Bolsonaro escancara ‘podres’ de Lula na CPMI e reage a ameaças a Tenente-Coronel: ‘Pessoas baixas, sem escrúpulos, sem moral, querem explorar até a sua família’


Ao discursar na sessão da CPMI do dia 8 de janeiro destinada ao depoimento do Tenente-Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro reprovou duramente a conduta dos parlamentares esquerdistas, que não garantem aos outros a presunção de inocência que exigem para os seus, e denunciou a prática de “fishing expedition” contra pessoas associadas ao ex-presidente. 

O senador apontou que o depoimento representa “um capítulo muito triste que a gente vê alguns Parlamentares da extrema esquerda escrevendo aqui nesta CPMI”. Ele apontou o julgamento prévio do depoente, por fatos sem qualquer relação com o objeto da Comissão, e contrastou com o tratamento dado a figuras da esquerda: “São as mesmas pessoas que dizem que Lula é inocente, alguém que foi condenado em primeira instância; condenado, por unanimidade, em segunda instância; prisão e condenação confirmadas no STJ; prisão, manutenção da prisão e condenação confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal – e eles querem insistir com essa mentira de que Lula não teria feito nada. As mesmas pessoas, Tenente–Coronel Cid, que vêm aqui com a maior cara lavada falar para o Brasil que o senhor já está condenado, que o senhor é culpado, que a culpa da guerra da Rússia contra a Ucrânia é do Tenente–Coronel Cid; o senhor, que ainda está com inquéritos em aberto, para ver se há culpabilidade, para ver se o senhor será condenado em alguma punição”. 

Flávio Bolsonaro apontou ainda que os parlamentares da esquerda estavam até mesmo ameaçando a família do depoente: “Pessoas tão baixas, sem escrúpulos, sem moral, querem explorar até a sua família, para tentar fazer com que o senhor invente alguma coisa que satisfaça essa gana persecutória deles. Os mesmos que defendem hoje que Lula teria sido injustiçado, por muito, mas por muito menos, já estão condenando aqui o senhor”.

O senador lembrou o fato notório de que o ministro de Lula, Flávio Dino, não agiu para impedir os atos do dia 8 de janeiro, e comparou com a velocidade com que o ministro ordena perseguições políticas. Ele disse: “Eu vejo o Governo Lula sendo rápido em instaurar investigações para analisar discurso de Parlamentar. Aí é rápido! Agora, para chamar a Força Nacional para impedir depredações, no dia 8, foi lento. Esqueceu! Avisaram, mas ele não deu muita importância. Eu quero ver esse mesmo ímpeto da extrema esquerda aqui nesta CPMI de pedir prisão de depoente, porque, em público, o Ministro da Justiça já está mentindo descaradamente: que não sabia de relatório de GSI, de Abin, que não tinha informação de nada, quando as provas documentais – pelo menos aquelas às quais nós já tivemos acesso, aqui na CPMI – mostram claramente que ele sabia e não tomou as providências que lhe cabiam! Assim como o ex-Ministro do GSI sabia que tinha um batalhão da Guarda Presidencial a postos, para reforçar a segurança do Palácio do Planalto, e não o fez. Eu quero ver, quando eles se sentarem aqui para depor, se eles vão continuar bancando essas mentiras. Eu quero ver se a extrema esquerda vai pedir a prisão dele. Eu quero ver se a extrema esquerda vai ficar ameaçando o Ministro antes de ele sentar aqui para testemunhar, como fizeram com o Tenente-Coronel Cid”.

O senador explicou que, enquanto pessoas que tinham responsabilidades e se omitiram, e contra as quais há indícios reais, não são sequer chamadas, o depoente foi chamado e está sendo investigado com base em uma “pescaria probatória”, ou “fishing expedition”. Ele explicou: “a origem da investigação sobre o senhor foi uma quebra de sigilo – de ofício – por um Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito de fake news. E olha como é fishing expedition, olha como é pescaria: como não tinha nenhuma razão para fazer essa busca e apreensão, hoje, o que foi apurado, nas conversas do senhor, no seu telefone, está servindo de base para um monte de outros inquéritos que sequer eram para ter sido presididos por um ministro, por um juiz…”

Flávio Bolsonaro explicou que o inquérito na polícia federal foi aberto a pedido de outro órgão, e apontou: “a gente, quando faz faculdade de Direito, aprende que a cronologia de uma investigação é a seguinte: tem um fato que pode ser enquadrado como infração penal; na sequência, abre-se um inquérito na polícia ou no Ministério Público, e hoje acontece o contrário: você tem um inquérito aberto, sem ter fatos criminosos a serem investigados, e esse inquérito vai puxando tudo o que o Ministro do Supremo quer – um ministro do Supremo quer! É o inquérito "minority report". "Eu vou deixar aqui aberto, porque podem aparecer novas suspeitas pra frente, e eu vou precisar desse inquérito pra fazer o que eu quiser; pra, mesmo sem ouvir as pessoas, determinar uma busca e apreensão; pra manter preso um Tenente-Coronel Cid, ilegalmente."”

O senador apontou que a perseguição é aberta: “E não tem nenhuma vergonha de se manter esse posicionamento mais ou de se esconder ou disfarçar. A própria imprensa noticia o que pega de bastidores, que se mantém Tenente-Coronel Cid preso, Max Guilherme preso, Cordeiro preso pra ver se eles abrem o bico. Isso, sim, é uma grande afronta aos direitos humanos, aos princípios constitucionais diversos que nós temos na nossa Carta Magna, e a imprensa, principalmente, ou parte dela, tratando como normal”.

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