Durante a audiência pública sobre as Prisões Ilegais do 8 de Janeiro, na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, a presidente da ASFAV, Gabriela Ritter, apresentou vídeos de depoimentos e audiências de algumas das pessoas presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e alguns dos advogados fizeram uso da palavra para expor as violações de direitos dos presos políticos.
Após o vídeo com o depoimento de um dos presos, a advogada Thalyta Stevanato relatou sua revolta com o descaso com que são tratados os presos políticos. A advogada relatou que ela própria tinha a intenção de participar da manifestação com sua filha, certa de que seria uma manifestação pacífica.
A advogada explicou que o seu cliente não participou de qualquer depredação mas está preso, separado da família que depende dele, pois a esposa e os filhos são portadores da síndrome dos Ossos de Vidro e de diversas comorbidades. Thalyta Stevanato relatou que já juntou os laudos aos autos diversas vezes, mas os pedidos são ignorados. A advogada disse: “isso é revoltante demais”.
A advogada convidou para depor a esposa do preso político, que relatou as dificuldades para cuidar dos filhos e de si mesma sem o apoio do marido. A esposa do preso fez um apelo para que ele, mesmo sem ter cometido crime, ao menos possa ir para a prisão domiciliar para cuidar dela e dos filhos.
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