quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Jornalista Rodrigo Constantino é aplaudido nos EUA ao abrir o jogo sobre ditadura no Brasil e perseguições de Moraes, do STF


O jornalista Rodrigo Constantino, atualmente exilado nos Estados Unidos, com seu passaporte cancelado, participou do evento Encontro Pela Liberdade, realizado na Crossbridge Church, nos Estados Unidos, que foi transmitido pelo Coronel Gerson Gomes, e fez um agradecimento aos advogados que defendem as pessoas que foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, ali representados pelos advogados da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV). 

O jornalista iniciou fazendo uma brincadeira e afirmando que busca manter o bom humor, explicando: “Eu não posso aceitar que alguém como Alexandre de Moraes me torne uma pessoa pior. Então eu não vou perder o senso de humor nem com ele tentando destruir minha vida e de tantas outras pessoas”. Ele agradeceu aos advogados, lembrando que “nem todo herói usa capa” e acrescentou: “no Brasil de hoje, muito vilão usa toga, muito vilão usa toga. E essa é a primeira constatação que a gente tem que fazer”. 

Constantino afirmou: “O Brasil já é uma ditadura. Não existe mais resquício de democracia ou de Estado democrático de Direito como alguns enchem a boca pra falar”. Ele fez duras críticas aos que ainda fingem acreditar que o STF defende a Constituição, dizendo: “Isso é deboche ou é um excesso de pragmatismo acovardado que me dói porque a gente está vendo o que tá acontecendo com pessoas, com cidadãos comuns que estão pagando um preço muito alto por crimes inexistentes, crime de opinião, manifestação, que é um direito constitucional e por aí vai”.

O jornalista explicou: “Há algum tempo criaram uma narrativa, e quando eu digo criaram, são eles, eles todos representantes desse sistema podre e carcomido do que a gente chama de Deep State aqui nos Estados Unidos, esse estamento burocrático político, junto com a mídia corrompida. E essa narrativa criada é a de que o Bolsonaro é um golpista, fascista, ge***, uma ameaça à democracia e precisa então ser eliminado a todo custo ele e os seus apoiadores golpistas. Com base nessa narrativa, nessa premissa desprovida de qualquer tipo de evidência mais robusta, partiu-se para cima dos fatos com bastante violência e passou se então a atropelar a verdade, ignorar totalmente as evidências em contrário a essa narrativa esdrúxula, cá entre nós, e marretar os fatos até que eles coubessem dentro dessa narrativa absurda. E é exatamente aí que entra o fatídico dia 8 de janeiro”.

Constantino comparou o 8 de janeiro com a invasão do Capitólio nos Estados Unidos e apontou que, naquele país, mesmo que com algum atraso, a narrativa está sendo desmascarada. Ele disse: “aqui nos Estados Unidos, os golpistas, os verdadeiros golpistas do sistema, encontraram obstáculos mais robustos, como uma Corte suprema séria. E esse talvez seja o grande diferencial. O Brasil conseguiu aparelhar a Corte Suprema e fazer como está sendo feito na Venezuela há muito tempo, com também, claro, com apoio dessa imprensa corrompida que foi fundamental para alimentar essa narrativa absurda”.

Rodrigo Constantino apontou a responsabilidade da velha imprensa e propôs um exercício de imaginação de como estaria a situação dos ministros do STF se a velha imprensa fizesse seu trabalho com seriedade. Ele disse: “Com raras e honrosas exceções, a velha imprensa no Brasil hoje é mancomunada. E uma assessoria de imprensa desses ditadores togados que, cá entre nós, partem inclusive com escárnio diante de tantos relatos de atitudes desumanas de atentar contra os direitos humanos mais básicos de que o Brasil é signatário em cortes internacionais”. Ele lembrou episódios de ministros que chegam ao nível de deboche e chamou a atenção para os ataques gratuitos feitos a cidadãos, atribuindo-lhes as piores características imagináveis, sem qualquer conexão com a realidade. 

Ele apontou que o 8 de janeiro seria um dos poucos casos em que a comparação com o ditador seria realmente plausível. Ele disse: “Há um paralelo, claro. Noite dos Cristais vem à mente porque certamente devia ter infiltrado lá, e o uso que foi feito disso para fortalecer o avanço da ditadura e perseguir os opositores políticos. E é claro, um campo de concentração foi montado ali. Nós vimos isso e, além de tudo, um outro paralelo inevitável vem com a situação que nós estamos vendo hoje do povo judeu e do Estado de Israel”.

Constantino disse: “E por que esse paralelo também é importante aqui? Porque nós estamos vendo in-loco tempos sombrios, homens fracos produzem tempos difíceis. Vamos esperar, esperar e torcer que esses tempos difíceis produzam então, novamente, homens fortes”.

O jornalista mostrou como ficou fácil entender como as grandes tragédias do século passado foram possíveis.  Ele disse: “Nós estamos vendo, ao mesmo tempo, o renascimento do naz*** no mundo, no Ocidente, nos Estados Unidos, gente defendendo Ha*** e com cartazes dizendo que precisa limpar o mundo dos jud**. Isso em pleno século XXI. E ao mesmo tempo, nós estamos vendo a ditadura no Brasil avançando e o Brasil virando cada vez mais um país parecido com a Venezuela, com Cuba, com a Nicarágua”.

Constantino apontou: “Nós nunca acreditamos que isso pudesse acontecer em nosso país. Está acontecendo pelo silêncio dos bons, dos covardes, das pessoas, da imprensa. Eu tenho vergonha dos meus pares na mídia. Eles aplaudem a censura. Vocês com certeza devem ter vergonha dos pares na advocacia. Sobral Pinto, Sobral já dizia: A advocacia não é para covardes. A OAB não é nem covarde, apenas a OAB aparelhada é instrumento de comunista e parte do problema hoje e não da solução. Não consegue se manifestar diante de aberrações jurídicas que qualquer leigo como eu consegue entender. Qualquer um é capaz de entender que está totalmente fora do campo do direito. Estamos falando de outra coisa, mas não de direito”.

O jornalista lamentou: “Então as ditaduras avançam, as ideologias totalitárias avançam, a perseguição a minorias, ao espectro político ético, avançam justamente por conta do silêncio e da covardia de muita gente que pareciam pessoas normais até ontem. Nossos vizinhos, pessoas que a gente discutia, discordava aqui e acolá, mas não achava que pudessem aplaudir Cuba, Venezuela, que é o que o Brasil na mão do comunismo, do PT e do autoritarismo togado de Alexandre de Moraes e seus cúmplices, tem promovido no Brasil hoje”.

Constantino relatou a perseguição de que é vítima, e lembrou: “está muito evidente que estão tentando nos destruir, nos calar, nos intimidar. Mas aí eu escuto esses relatos dos advogados ilustres aqui presentes, corajosos, patriotas, e penso o seguinte:  Não, não, não acho que seja um ato de tanta bravura assim. Eu que estou aqui falando nos Estados Unidos, é uma crítica que eu escuto de muito opositor, muito hater. É fácil falar Você está nos Estados Unidos, então é fácil. Paguei um preço alto. Tô pagando ainda. Minha família fica preocupada. As pessoas pedem pra eu parar de falar do STF por um tempo. Eu não consigo e eu não consigo ouvir histórias como essas. Eu me recuso a me calar diante da barbárie, diante de perseguição injusta”.

O jornalista relatou um caso sobre a perseguição atual a judeus e mencionou um vídeo de uma moça que relatou que entendeu como as pessoas permitiram a ascensão do naz***. Constantino disse: “ela aponta justamente para esse aspecto que eu trouxe aqui: o silêncio das pessoas que até ontem nós achávamos que eram pessoas do bem. É o silêncio dessas pessoas que permite a volta do naz***, que permite o Brasil apontando na direção Venezuela”. Ele acrescentou: “Então é o silêncio das pessoas, a alienação das pessoas que seguem com suas vidas como se nada tivesse acontecendo de anormal. Só que tudo isso que eles trouxeram aqui é muito anormal, é bizarro, é surreal, é kafkaniano, é ditatorial”. 

O jornalista concluiu dizendo: “Então tá na hora da gente entender isso. Resistência, resiliência. Porque é o momento sombrio da história que nós estamos vivendo. É essência, a essência humana, aquilo que nos faz seres humanos e que nós não podemos perder. Por isso que eu disse no início, eu não vou permitir que alguém como Alexandre de Moraes me transforme numa pessoa pior, amargurada, ressentida, azeda. Eu me recuso a deixar a minha essência bem humorada e brincalhão, muitas vezes irônico deixar isso de lado por conta desses seres medíocres que estão tentando destruir o Brasil. Nós vamos continuar lutando até nossas últimas forças. E me alimenta muito a esperança ver advogados como os senhores e senhoras aqui fazendo isso. Obrigado a vocês. Estamos juntos. E contem comigo. Para o que precisar”.

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