sábado, 20 de janeiro de 2024

Embaixador Ernesto Araújo aponta como a Globo atua como sustentáculo internacional da tirania vigente no Brasil


No decorrer de transmissão ao vivo do programa Código-Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, abordou como a Rede Globo atua como um sustentáculo internacional do regime tirânico vigente no Brasil. 

Ao analisar as denúncias feitas por Alexander Soljenítsin e outros representantes da resistência ao regime soviético, o diplomata apontou como o fato de o Brasil carecer de uma alta cultura, bem como de intelectuais honestos intelectualmente e não submetidos ao regime, dificulta as denúncias internacionais a respeito das violações perpetradas por aqueles que controlam o sistema político brasileiro.

Dessa forma, ao analisar a resistência soviética, Ernesto Araújo relatou: “A Alta Cultura Soviética, Coetzee chama a atenção para isso, ela dava bem um retrato para o Ocidente de como era a União Soviética e permitia que o Ocidente, a Alta Cultura no Ocidente, não se deixasse inteiramente engambelar pela propaganda soviética. Então, diziam que a União Soviética era uma beleza, o paraíso do proletariado, mas estava ali o Soljenítsin dizendo que não era bem assim”.

Desse modo, o diplomata expôs o valor das denúncias de Soljenítsin para informar o Ocidente a respeito dos abusos do comunismo soviético: “Ele escreveu o Arquipélago Gulag e muitas outras coisas. Isso chegava ao Ocidente e as pessoas viam: ‘Não, aqui tem algo, tem uma sociedade que não é do jeito que a gente está imaginando pela propaganda’. Hoje, no Brasil, onde está? Quem quiser ver, vai ver a Globo para saber o que está acontecendo no Brasil. Vão achar realmente que é um bando de senhorinhas golpistas com a Bíblia na mão querendo mat*** ministro do Supremo. Então, isso é uma falta gigantesca. É uma falta gigantesca porque o mundo acredita na propaganda oficial do Brasil”.

Dessa maneira, ele prosseguiu em sua leitura dos sistemas soviético e cubano, comparando-os com o regime vigente no Brasil: “O ambiente de ameaça oficial incessante fazia do cidadão não apenas uma pessoa objeto de repressão, mas também autorreprimido, ou seja, controle mental, a pessoa sujeita a si mesma ao autocontrole. Uma pessoa autorreprimida. Não apenas é uma pessoa censurada, mas sim autocensurada, não apenas vigiada, mas que se vigia a si mesma. Uma ameaça oficial incessante, salpicada de espetáculos de castigo exemplar. Ela inculca cautela, vigilância, todo mundo cada vez mais tendendo a pensar: ‘Olha isso que eu estou falando. Será que vai me colocar em problema diante da lei, da justiça, entre aspas, diante do poder dominante?'. As pessoas começam a se vigiar e assistem todos os dias, através das redes da televisão, exemplos de outras pessoas que estão sofrendo punições do mesmo tipo”.

“Então isso vai reforçando essa autorrepressão, como ele diz, você sabe, está vendo que a coisa está ruim, você tem que se vigiar no que fala, você está se vigiando naquilo que você está pensando. E, quando você começa a ficar em dúvida, você liga ali a Globo e você vê o pessoal sendo preso e a Globo saudando o fato de ter pessoas patriotas sendo presas, sendo condenadas e assim por diante. A Rede Globo e outros canais oficiais do regime. Então, é algo bastante parecido com o esquema em Cuba. Ele diz aqui: ‘Quando certas classes de escritores, de cultura e de discurso, inclusive certos pensamentos, se convertem em atividades furtivas, a paranóia do Estado está em processo de reproduzir-se na psique do súdito’”.

A Constituição Federal determina, em seu art. 5º, inciso LIV, que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. No entanto, pessoas foram presas em massa e têm seus direitos e bens restringidos sem qualquer respeito ao devido processo legal. O ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, mandou confiscar, em decisão monocrática em inquérito administrativo, a renda de canais e sites conservadores, como a Folha Política. 

A decisão do ministro, que recebeu o respaldo e o apoio de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, confisca toda a renda dos canais, sem qualquer distinção segundo o tipo de conteúdo, o tema, a época de publicação ou qualquer outro critério. Toda a renda de mais de 30 meses de nosso trabalho é retida sem qualquer justificativa jurídica. A medida se soma a outras arbitrariedades já aplicadas anteriormente, como a apreensão de todos os equipamentos do jornal a mando do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito que foi arquivado por falta de indícios de crime. 

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