segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Presidente de associação de vítimas de Moraes denuncia operação da PF contra seu pai: ‘acuando quem já sofreu violações do Estado’


A presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), Gabriela Ritter, revelou, em vídeo, que um dos alvos da operação Lesa Pátria de hoje foi seu pai, que sofreu busca e apreensão. Gabriela Ritter lembrou que seu pai já ficou preso 7 meses ilegalmente e já responde a processo pelo 8 de janeiro, e disse: “e hoje foi acordado pela PF em sua casa, para fazer uma busca e apreensão, de uma PET, que é uma investigação que é sigilosa e física, então nós não temos acesso ainda ao que seria essa investigação”.

Ritter relatou que foi imediatamente à casa de seu pai e que, além da busca e apreensão, houve uma oitiva no local, na qual a primeira pergunta do delegado foi sobre a orientação política dele. A presidente da ASFAV disse: “Extremamente absurdo o que eles estão fazendo com as pessoas, com os cidadãos brasileiros, acuando quem já sofreu violações do Estado”. 

Na noite de ontem, a ASFAV promoveu uma super live com mais de 8 horas de duração, em que advogados e familiares de presos políticos, bem como parlamentares, jornalistas e juristas apresentaram os fatos sobre o dia 8 de janeiro e sobre as prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

Segundo a Coordenação-Geral de Comunicação Social do Governo Lula, a operação de hoje cumpre 47 mandados do ministro Alexandre de Moraes (46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva), nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. A Agência acrescenta: “Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados”. 

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal. 

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 30 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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