Ao discursar na manifestação pelo Estado de Direito na avenida Paulista, o deputado Nikolas Ferreira iniciou dizendo: “hoje nós estamos dando um recado para muitas pessoas, de que homens e mulheres com o coração verde e amarelo não desistirão do nosso país. Mas também é um recado, não somente aos poderosos, mas também a nós mesmos, brasileiros e brasileiras, que estávamos desanimados, desesperançados, que esta geração ficaria marcada como uma geração de homens e mulheres que desistiram. E não desistiram!”.
Nikolas lembrou a história bíblica de Moisés, que não chegou à Terra Prometida mas possibilitou que outros entrassem. Ele disse: “talvez não nós, mas os nossos filhos, os filhos dos nossos filhos, verão um Brasil novamente verde e amarelo”. O deputado lembrou ainda: “o nosso inimigo ficou 12 anos tentando a presidência da República e conseguiu depois de 12 anos; nós não temos o direito de perdermos a persistência”.
O deputado federal apontou Bolsonaro como o “nosso verdadeiro líder da nação”, dizendo: “quando ele se levanta, o povo se levanta também com ele”. Nikolas Ferreira disse: “a hora mais escura antecede o amanhecer”. Ele acrescentou: “o presente pode ser deles, mas o futuro será nosso”.
O deputado Gustavo Gayer, por seu turno, enfatizou a quantidade de parlamentares e de cidadãos na manifestação, lembrando que todos vêm sendo ameaçados desde o início do governo Lula. Ele disse: “tem um ano que trabalham com narrativas para colocar medo no coração de vocês. Tem um ano que estamos sendo ameaçados, (...) pessoas que usam verde e amarelo são perseguidas, inocentes estão sendo presos. Tudo isso foi feito para que nunca mais isso aqui acontecesse. Mas não só voltou a acontecer como agora está batendo recorde. De um lado ao outro da avenida Paulista, o povo está dando um recado. Hoje, o recado está sendo dado, e o recado é: nós não vamos parar. Nós não vamos permitir. O Brasil é nosso”.
Gayer acrescentou: “nós sabemos que estamos do lado certo, mas sabemos que a vitória não vai vir fácil. A vitória nunca é dada de bandeja. Ela só é dada aos corajosos, aos resilientes”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para essas pessoas, não há direitos humanos ou garantias fundamentais.
Sem justificativa jurídica, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, decidiu confiscar a renda de sites e canais conservadores, para destruir empresas privadas das quais discorda. O inquérito administrativo já está no quarto relator, o ministro Raul Araújo, já tendo passado pelas mãos de Mauro Campbell Marques e Benedito Gonçalves. A decisão, que incluiu a Folha Política, confisca todos os rendimentos do jornal, e teve o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. “Marcar” pessoas e fechar empresas por motivações políticas são atitudes que já foram observadas na História, mas nunca em democracias. Na verdade, são atitudes que só foram vistas nas mais cruéis ditaduras.
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