sexta-feira, 29 de março de 2024

Senador Marinho reage a aberrações de Moraes, do STF, e concede coletiva: ‘é necessário colocarmos o dedo na ferida’


O senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, se pronunciou sobre a data em que se completaram cinco anos dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, da perseguição política promovida nesses inquéritos, e da erosão contínua da democracia. 

O senador disse: “já fazem cinco anos que um inquérito de ofício foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal para apurar supostas fake news. Esse inquérito gerou centenas de outros inquéritos. Muitos deles correm em segredo de justiça, contra a razoabilidade de um tempo mínimo de conclusão de qualquer inquérito em qualquer instância do judiciário”.

O senador arrolou uma série de aberrações jurídicas dos inquéritos políticos conduzidos nas cortes superiores:  “Ele permanece aberto de maneira indefinida. Contra o conceito constitucional do juiz natural. Levando-se uma interpretação que, no momento, era de um  regimento interno do STF (...) esse alargamento de interpretação fez com que hoje nós tenhamos um inquérito que abarca o conjunto das posições, das interpretações, dos posicionamentos políticos de qualquer cidadão brasileiro em qualquer lugar do mundo”.  Marinho apontou: “Isso tem gerado um desconforto num espectro importante da população brasileira, principalmente daqueles que pensam diferente daqueles que estão no poder”. 

Rogério Marinho relatou que a oposição divulgou uma nota pública abordando “aspectos que estão ultrapassando o ordenamento jurídico e a Constituição brasileira”. Ele explicou: “nessa nota, nós conclamamos pelo pronto restabelecimento da normalidade democrática e pelo respeito às prerrogativas do parlamento brasileiro, que hoje tem dificuldade de exercer seu papel em função das situações que ocorreram nos últimos tempos”. 

Entre as situações recentes, o senador mencionou: “buscas e apreensões em residências e gabinetes de parlamentares, com suposições ou provas que, no nosso ver, são frágeis; o cerceamento da palavra daqueles que pensam diferente; a criação de instituições que podem ser comparadas com a situação de George Orwell, do 1984, com uma espécie de ministério da verdade, que começa com o próprio poder Executivo e agora vai até o próprio judiciário, tangenciando o próprio parlamento brasileiro”

O senador lembrou que “o parlamento entende que o  último bastião da democracia no nosso país são as redes sociais, que conseguem ainda passar para a opinião pública um sentimento de indignação e de fiscalização de um governo que repete os mesmos métodos, as mesmas posições, com os mesmos personagens de um tempo muito recente que levou nosso país a uma catástrofe econômica, social e política”. 

Marinho expressou a perplexidade com as coisas que estão ocorrendo no país, apontando o papel assumido pela velha imprensa de criar narrativas e cortinas de fumaça para esconder a péssima gestão e os problemas criados pelo próprio governo. Ele disse: “aí, de repente, nós temos a publicidade do depoimento de dois generais (...) e ninguém mais fala dos problemas que afligem o Brasil. Surpreendentemente, se muda a página e se fala de uma situação requentada”. 

O senador afirmou: “isso, para nós, é motivo de muita preocupação. Como as coisas se casam. E hoje a notícia principal é que o presidente foi indiciado pela PF pela questão de vacina, do cartão de vacina. (...) Ora, é público e notório que o presidente não se vacinou. Que ele não precisava do cartão de vacina”. 

Marinho disse: “o mais grave são os vazamentos seletivos. Isso é que é grave. Nós estamos deliberadamente tentando destruir reputações e fazer pré-julgamentos em cima de narrativas. (...) esse inquérito continua sob sigilo, mas toda a imprensa tem acesso ao relatório da polícia federal. Isso tem sido recorrente. Nós temos o dever de denunciar isso”.

Rogério Marinho declarou: “Nós queremos que o estado de direito seja restabelecido, o devido processo legal. Não é possível que um país do tamanho, da dimensão, da importância do Brasil, não tenha isenção em um processo tão importante que julga o ex-presidente da República, que representa seguramente o sentimento da metade da população brasileira”. 

O senador resumiu: “hoje nós estamos aqui para dizer que fazem cinco anos de um inquérito que a própria Constituição, o ordenamento jurídico, e a razoabilidade determinam que, mesmo que tenha sido aberto com as excepcionalidades que o caracterizaram, já deveria ter sido, há muito tempo, extinto”. Marinho lembrou ainda que o inquérito, embora ilegal e inconstitucional, gerou centenas de outros inquéritos igualmente inconstitucionais, apontando: “milhares de cidadãos brasileiros estão sendo investigados, e essas investigações, muitas vezes, ocorrem, infelizmente, à margem do que determina a nossa legislação e o nosso ordenamento jurídico”. 

Marinho disse: “é um dia triste, mas é um dia, também, de dizer à nação brasileira que é necessário darmos nossa palavra. Que é necessário colocarmos o dedo na ferida. Que é necessário dizermos que nós, aqui presentes, representamos uma parte substancial da população brasileira, mas certamente todos aqueles que acreditam no estado de direito, na Constituição brasileira, na democracia e na liberdade, que ninguém está acima da lei. Ninguém. Mas que a lei tem que ter razoabilidade, a lei tem que atingir a todos da mesma forma, e a lei precisa ser cumprida de acordo com o que reza a Constituição, e não a conveniência, não o partidarismo, não os pré-julgamentos que estão acontecendo no nosso país”. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, há muito tempo, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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