Em entrevista à TV Senado, o senador Eduardo Girão explicou o requerimento que apresentou para ouvir, no Senado, o diretor da polícia federal, sobre o jornalista Sérgio Tavares, que foi detido para questionamento pela polícia federal quando veio ao Brasil para cobrir a mega manifestação pelo estado de direito, na avenida Paulista, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O senador relatou que foi impedido de falar no plenário do Senado, em sessão não-deliberativa que estava marcada para as 14 horas, relatando: “hoje eu ia falar dos 10 anos da lava-jato que completaram ontem; ia falar sobre os 5 anos do inquérito do fim do mundo, que coloca o país de joelhos, que é uma humilhação com o cidadão brasileiro, porque é irregular. E é algo que tem colocado o Brasil numa insegurança jurídica absurda, no caos institucional, por omissão desta Casa; ia falar também sobre a questão dos próprios 200 anos do Senado Federal. Mas a sessão foi suspensa. Aliás, nem teve sessão. Então, a gente querendo trabalhar e não pode”.
O senador disse: “eu tenho uma lista de perguntas para fazer. A polícia federal, que, repito, é uma instituição importante do país, que tem uma história fantástica. Mas a gente quer entender que tipo de interferência tá tendo nela”. Ele lembrou que já apresentou uma PEC para dar independência à polícia federal, justamente para evitar esse tipo de interferência política. Girão disse: “Amanhã nós vamos saber que houve alguma coisa muito estranha na chegada desse cidadão português para cobrir uma manifestação legítima do povo brasileiro, insatisfeito com tudo que está vendo”.
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