Da tribuna da Câmara, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj rebateu o ministro de Lula, Paulo Pimenta, que solicitou a perseguição a desafetos, alegando que teriam divulgado supostas mentiras sobre o governo federal. Bilynskyj disse: “o Ministro Paulo Pimenta fez uma afirmação muito grave. Ele afirma que tem que “botar para fo***”, que tem que prender as pessoas que divulgaram informações sobre o desastre no Rio Grande do Sul. Temos que deixar bem claro quem que tem que ser preso nessa situação, porque hoje de manhã eu pedi para que os gaúchos me mandassem as denúncias, e eles me mandaram. Eu tenho centenas de e-mails com provas de que o Governo Federal, de que o Governo Estadual, de que as agências dificultaram o socorro aos gaúchos”.
O deputado rebateu a declaração do ministro de que seus desafetos deveriam ser presos, dizendo: “eu vou dizer quem que tem que ser preso: tem que ser preso o próprio Ministro, que financia a Rede Globo para mentir em rede nacional; tem que ser preso o Ministro Lewandowski, que usa a Polícia Federal para perseguir pessoas que estão tentando divulgar a realidade”. Ele deu um exemplo e prosseguiu: “Quem tem que ser presa é a Ministra Simone Tebet, que falou que o dinheiro para o socorro do Rio Grande do Sul será mandado oportunamente, no futuro, porque os Prefeitos agora não estão pedindo”.
Bilynskyj concluiu: “Por fim, tem que ser preso o Lula, porque a ANTT — que é dele, é um cargo dele, é uma agência federal — até ontem estava impedindo caminhões com doações de alcançarem os seus destinatários. Então, com todo respeito, quem tem que ser preso já foi citado. Deixem o povo!”.
Outros deputados também trataram da “parceria” entre o governo federal e a rede Globo, criando narrativas que, então, são utilizadas para a perseguição política com o uso do judiciário e da polícia federal.
O deputado Luiz Lima apontou: “ontem, nós Deputados recebemos uma notícia pela imprensa, à noite, bem tarde da noite, de que a Secretaria de Comunicação Social do Governo, liderada pelo Ministro Paulo Pimenta, estava provocando ou estaria provocando e já provocou o Ministério da Justiça contra Parlamentares, contra pessoas, contra jornalistas que estariam divergindo sobre os movimentos de atuação do Governo no Rio Grande do Sul. É muito séria essa "controlocracia" chinesa. Parece que o atual Governo Lula quer impor um controle sobre o cidadão que nós temos na China, esse tipo de comportamento do Governo chinês”.
O deputado descreveu como uma repórter da rede Globo desqualificou pessoas que estavam tentando informar e transmitindo informações verdadeiras, e disse: “É muito crítica a situação do Rio Grande do Sul, é lamentável, nós temos acompanhado isso pela televisão. Mas mais crítico ainda é quando as pessoas, querendo ajudar, presentes nas estradas testemunhando um fato, divulgam um fato já divulgado por outros canais de televisão, e o Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República provoca o Ministério da Justiça para abrir um inquérito contra cidadãos cuja visão foi diferente diante daquele fato. Isso é muito grave”.
Luiz Lima afirmou: “Eu entendo, hoje, 34 anos depois, o porquê de o meu pai ter sérias restrições ao jornalismo, em especial ao da Rede Globo, que tem que ser mais verdadeiro e não pode funcionar como um canal de comunicação do Governo”.
O deputado Coronel Ulysses, por seu turno, afirmou: “eu venho aqui, com muita tristeza, repudiar a notícia mentirosa a que nós assistimos ontem na Rede Globo, em que uma determinada repórter, chamada Natuza, alguma coisa assim, estava insinuando que não estava acontecendo um fato gravíssimo referente à ANTT. (...) nós vimos essa ação da ANTT, que é órgão do Governo Federal, atrapalhando as pessoas que querem ajudar. E vem essa repórter dizer que as imagens divulgadas eram mentira ou eram fake news, quando, na verdade, ela estava mentindo, ela estava realizando fake news”.
O deputado prosseguiu: “Hoje, inclusive, o Governador de Santa Catarina e algumas pessoas que representam a Defesa Civil comprovaram que a Globo estava mentindo, passando pano em cima do Governo, que está agindo com descaso em relação ao Rio Grande do Sul, sendo, em certos momentos, omisso em relação a essa ajuda humanitária ou, pelo menos, atrapalhando”.
Coronel Ulysses denunciou as táticas da extrema-esquerda: “O que eu estou vendo aqui, inclusive por parte de alguns Deputados da Esquerda, é que eles já estão criando uma narrativa, mancomunados com a Globo, de que não houve enchente. Qualquer hora eles vão dizer assim: "Não houve enchente. E quem falar que houve vai ser preso e processado". Só falta isso. A atitude do Governo está sendo demonstrada, em primeiro lugar, pela Ministra Tebet, que disse que os recursos não estão na hora de chegar; em segundo lugar, pela outra Ministra que quer priorizar os quilombolas e os ciganos; depois, pelo Ministro Pimenta, junto com o Ministro da Justiça, querendo processar e abrir inquérito contra os Deputados que estão falando a verdade. Eles alegam que os Deputados estão fazendo fake news. Os Deputados têm imunidade Parlamentar. Eles podem falar o que quiserem aqui, e isso tem que ser respeitado. Não pode um Ministro querer abrir inquérito contra os Deputados que estão no seu direito constitucional de falar a verdade para a população. A verdade eu sei que dói, mas tem que ser escutada, tem que ser ouvida”.
O deputado Coronel Chrisóstomo também rebateu o ministro de Lula e suas acusações de fake news, dizendo: “Eu venho aqui falar, até porque um Ministro me citou, dizendo que eu falei fake news. Eu vou citar o nome dele, porque ele também falou meu nome: Ministro Paulo Pimenta, o senhor está enganado. Eu não fiz fake news, até porque quem falou da Janja, no Rio de Janeiro, foram vários jornais. Até o jornal que apoia vocês, O Globo, falou que a Janja estava no Rio de Janeiro para o show daquela senhora, que não é brasileira. Vários outros Parlamentares também falaram. Daí, ela só aparece domingo de manhã, não disse onde estava na noite de sábado”.
O intenso intercâmbio entre a velha imprensa, o governo federal, e inquéritos nas cortes superiores resulta em intensa perseguição a veículos conservadores independentes, como a Folha Política. O jornal, que já teve todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tem sua renda confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o respaldo e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
Como é praxe nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, “matérias” da velha imprensa são utilizadas como justificativa para impor medidas arbitrárias, ainda que as matérias não tenham qualquer base em fatos, e essas medidas arbitrárias permanecem em vigor enquanto os inquéritos são prorrogados indefinidamente, sem que os alvos tenham qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. O inquérito que determinou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política, já está no quarto relator, o ministro Raul Araújo, e famílias e empresas seguem sofrendo as consequências de ver sua renda ser confiscada. Toda a renda de mais de 20 meses do nosso trabalho é confiscada sem qualquer base legal.
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