Embaixador Ernesto Araújo analisa ‘jogo sujo’ do esquema de poder no Brasil para implantar uma ‘Sociedade de Controle’

Em seu programa Código-Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, expôs os motivos pelos quais o governo Lula conduz uma política econômica tão desastrosa, sem se importar com as consequências para os cidadãos. O embaixador explicou que, na busca pelo poder absoluto, a estratégia utilizada por Lula e seus aliados é a de manter a dependência dos cidadãos, criando uma sociedade de desconfiança através do uso do monopólio estatal da verdade. 

O diplomata mostrou que a perseguição aos conservadores no Brasil explora a violência do próprio Estado para gerar ainda mais violência. Ele apontou que as pessoas reagem aos abusos estatais e são punidas por isso. Araújo disse: “as pessoas se indignam contra isso, contra várias maneiras de destruição da confiança, contra várias maneiras de indiferença ou de agressividade estatal. E o Estado, o que ele faz? Agride mais ainda e passa a punir aqueles que o questionam. Então o Estado puxa a corda, puxa a corda da agressão ao cidadão, roubando ao cidadão a sua identidade cultural, roubando ao cidadão a sua confiança nas próprias instituições, etc. Vão roubando o dinheiro do cidadão. E, quando o cidadão reclama, você o qualifica como extremista, fascista, de extrema-direita, e o pune ainda mais. E então vai censurá-lo, como alguém que pratica o ‘discurso de ódio’, e tudo isso. A pessoa se revolta ainda mais, vai ser mais punido, até que chega um momento em que tem a instalação de um sistema de controle absoluto. No Brasil, é muito isso. O sistema dominante, o corruptariado, cria suas injustiças. As pessoas reclamam, eles punem quem reclamou. Quem reclama de eles terem punido quem reclamou, eles punem também, e punem cada vez mais. E com isso vão justificando cada vez mais a sua empresa controladora. Tudo isso porque eles querem criar uma uma sociedade de desconfiança”.

Ernesto Araújo lembrou que, já em 1998, o filósofo Olavo de Carvalho alertava sobre a percepção da “marcha avassaladora do poder”, com os instrumentos fornecidos pelo globalismo. Ele disse: Qual é o propósito que usa um ou outro instrumento? O propósito é a destruição da confiança na sociedade. É a instalação de todos os mecanismos de controle”. 

Ernesto Araújo explicou que, nesse contexto, a condução da economia no governo Lula se limita a fomentar a dependência dos cidadãos, em torno do projeto básico de controle absoluto. Ele apontou que as mudanças na sociedade desejadas pela extrema-esquerda começam nas relações sociais, destruindo relações familiares e institucionais. Araújo disse: “As mudanças não começam pela economia e então a esquerda realmente não parece preocupada com a economia”.

O diplomata mostrou que esse tipo de escolha advém das mudanças no comunismo para se adaptar aos tempos. Ele disse: “é o comunismo do século XXI. É o monopólio estatal da verdade, o monopólio estatal do campo onde surgem as ideias e onde ele vem imediatamente e mata qualquer ideia de liberdade ainda no ventre da mãe. Dessa ideia de liberdade”.

Araújo apontou que é um erro acreditar que a esquerda atual pretende instalar de pronto uma economia marxista nos mesmos moldes de outros países que implantaram o socialismo. Ele disse: “A esquerda quer governar, não na economia, nem pela economia. Ela quer governar pelo discurso e pelo pensamento. O governo dela sobre a economia será uma consequência disso, porque a partir do momento em que você destrói a confiança entre as pessoas, o Estado vem, se impõe como o único articulador das relações sociais, e aí ele fará o que ele quiser com a economia, com a educação, com o que quer que seja”.

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