Durante transmissão ao vivo do programa Código-Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, explicou as motivações e estratégias por trás da reação violenta do governo Lula a críticas de cidadãos, assim como à exposição de fatos que contrariam as narrativas oficiais do governo.
O embaixador exemplificou com o caso do Rio Grande do Sul, apontando que a tragédia expôs a distância entre governantes e governados. Ele disse: “os governados estão se mobilizando para aquilo que é mais básico. Estão se dando as mãos, em sentido próprio e em sentido figurado, e estão cobrando, sim, das autoridades pagas por eles e pagas pelos seus impostos para que façam algo, para que façam a sua parte. E essas autoridades? Elas estão se voltando contra essas pessoas e querendo calar essas pessoas, querendo intimidar essas pessoas”.
Ernesto Araújo expôs: “aparentemente, há um esforço deliberado de criar essa distância [entre governantes e governados]”. O diplomata explicou que as iniciativas de perseguição e censura não são uma reação defensiva do governo, muito pelo contrário. Ele disse: “É uma reação ofensiva, é uma reação agressiva, é uma reação que quer justamente criar problema, quer criar celeuma, quer criar fricção e ódio. Não há nenhum esforço para atrair a confiança do povo. Não. O esforço parece ser justamente para destruir a confiança do povo. (...) Não querem mais fingir que o povo deva ter confiança neles. Se assumem como um alvo de desconfiança, e querem punir justamente quem expressa essa desconfiança”.
O diplomata explicou que essa decisão é uma estratégia característica da esquerda, que se especializou em criar conflitos. Ele disse: “entendendo como esquerda tudo o que está convergindo hoje para um grande projeto de poder, de destruição do indivíduo, da nação, da transcendência, tudo isso - a esquerda vive, como sempre viveu, de criar conflitos.
Isso está lá na filosofia marxista, no pensamento marxista, de Marx, tirado, um pouco, do pensamento de Hegel - distorcido. Marx tem sido aplicado pelos marxistas da maneira que acho que ele previa. E é o seguinte: criar contradição. Como é que nós vamos chegar no poder absoluto? Criando contradição, explorando as contradições”.
Ernesto Araújo explicou: “esse projeto que é derivado do marxismo, todo ele vive sempre de ou pegar uma contradição e extrapolá-la e incentivá-la, ou mesmo criar problema, quando a contradição não existe”. Ele apontou que, no mundo contemporâneo, as antigas divisões de classe deixaram de fazer sentido, e prosseguiu: “Então começam a criar novos problemas. O marxismo existe criando problemas, e depois, claro, tentando vender a solução”.
Araújo disse: “a esquerda não está aí para resolver problema. Está aí para criar problema, para dividir as sociedades (...) para impedir que as sociedades se tornem sociedades de confiança e, com isso, transformá-las em sociedades de controle, controladas pelo poder de origem esquerdista marxista’. Ele deu exemplos de conflitos entre grupos, fomentados pela esquerda, gerando conflitos internos em diversos países. Araújo disse: “Isso é uma sociedade de confiança? Não, Isso é o caminho para um colapso social. É a imposição de um poder superior que implementará, certamente, uma sociedade de controle”.
O embaixador Ernesto Araújo expôs como esse mecanismo se desenvolve no Brasil: “as pessoas se indignam ainda um pouco, de maneiras diferentes, contra isso, contra várias maneiras de destruição da confiança, contra várias maneiras de indiferença ou de agressividade estatal. E o Estado, o que ele faz? Agride mais ainda e passa a punir aqueles que o questionam. Então o Estado puxa a corda, puxa a corda da agressão ao cidadão, roubando ao cidadão a sua identidade cultural, roubando ao cidadão a sua confiança nas próprias instituições, etc. Vão roubando o dinheiro do cidadão. Fica muito claro no Brasil. E, quando o cidadão reclama, você o qualifica como extremista, fascista, de extrema-direita, e o pune ainda mais. E então vai censurá-lo como alguém que pratica ‘discurso de ódio’ e tudo isso. A pessoa se revolta ainda mais, vai ser mais punida ainda, até que chega um momento em que tem a instalação de um sistema de controle absoluto. No Brasil, é muito isso”.
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