A deputada federal Carla Zambelli anunciou, em entrevista à Rádio Auriverde, que saiu do Brasil e vai passar a denunciar, na Europa, os abusos do Supremo Tribunal Federal, em especial do ministro Alexandre de Moraes. Ela explicou que saiu do país para buscar atendimento médico, e decidiu, então, pedir um afastamento de seu mandato, como fez o deputado Eduardo Bolsonaro. A deputada disse: “eu vou me basear na Europa - tenho cidadania européia - e gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país, não é desistir da minha luta. Muito pelo contrário, é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”.
Carla Zambelli foi, recentemente, condenada à prisão e à perda do mandato pelo Supremo Tribunal Federal, com base nas declarações de um hacker que não apresentou provas de sua participação em uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
A deputada disse que pretende “poder voltar a denunciar os desmandos que a gente observa nesse país”. Zambelli afirmou: “Tenho ficado calada diante de uma pressão judicial que tenho sofrido. E me cansei. Cansei de ficar calada, cansei de não atender o meu público. Porque o meu público, os mais de 946 mil votos que eu tive são pessoas que querem ver esta Carla, a Carla que estava adormecida, um pouco, mas que estava ficando doente por não poder falar as coisas, o que eu penso sobre o que está acontecendo. São amarras que nenhum ser humano pode ter”
Carla Zambelli explicou que o Brasil vive “um tempo de ditadura, falta de liberdade, censura. E eu acho que vocês precisam ter pessoas aqui fora do Brasil para poder lutar, desta vez na Europa. Eu vou levar isso para todos os países da Europa, vou denunciar isso em todas as cortes que a gente tiver para denunciar”.
A deputada afirmou: “vou dedicar minha vida para que a gente possa voltar a ter democracia, justiça, cidadania, mas, principalmente, liberdade. Porque quem está no Brasil hoje teme, o tempo todo, emitir suas opiniões. (...) Quero voltar a ser a Carla do Nas Ruas, a Carla ativista”.
Carla Zambelli lembrou que o Parlamento brasileiro está “agachado” perante o Supremo Tribunal Federal, que está fazendo o papel do Executivo e do Legislativo. Ela disse: “eu poderia me entregar para a Justiça. Mas que justiça? A que condena a Débora a 14 anos de cadeia?”.
Ela acrescentou: “o conservadorismo precisa avançar, e o globalismo, a esquerda, precisa recuar. E a gente vai precisar de mulheres e homens de coragem para poder fazer isso”.
A deputada também divulgou uma nota pública anunciando que transferiu suas redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli, apontando: “fiz essa transferência porque, caso se confirme minha inelegibilidade, há o risco real de que tentem me silenciar, inclusive nas redes”. Ouça o texto:
NOTA OFICIAL DA DEPUTADA CARLA ZAMBELLI:
"As redes sociais de um cidadão são um bem — e, no meu caso, um bem de valor incalculável. Por meio delas, meu público pôde conhecer minha história, meus princípios, meus valores e todo um legado construído com muito trabalho, fé e compromisso com o Brasil.
Diante do cenário de perseguição política que vivemos, em que quem defende a verdade, a família e a liberdade se torna alvo constante, é natural que eu queira garantir que esse legado permaneça vivo e ativo.
Por isso, tomei a decisão de transferir oficialmente a titularidade das minhas redes sociais, como herança, para minha mãe, Rita Zambelli, uma mulher íntegra, de princípios sólidos, que carrega os mesmos valores que sempre defendi. Ela, inclusive, é a minha pré-candidata a deputada federal no próximo ano, justamente para dar continuidade a essa luta que é de toda a nossa família e de milhões de brasileiros que se recusam a se curvar diante do autoritarismo.
Da mesma forma, meu filho, João Zambelli, também dará seguimento a esse legado, em 2028, como pré-candidato à vereança de São Paulo, assegurando que minha luta não seja esquecida, caso, de fato, eu venha a ser calada pelo sistema.
Sim, fiz essa transferência porque, caso se confirme minha inelegibilidade, há o risco real de que tentem me silenciar, inclusive nas redes. E, como minha mãe sempre foi ativa, firme e atuante, tomei essa decisão de forma transparente, responsável e absolutamente legítima.
Se pensam que nos calarão, saibam: não vão. Nosso compromisso com Deus, com a Pátria, com a Família e com a Liberdade não será interrompido.
Seguimos firmes, com coragem, fé e a convicção de que o bem sempre vencerá."
– Carla Zambelli –
Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos.
Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal. Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo. A atual relatora é a ministra Isabel Gallotti.
A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Todos os nossos rendimentos de mais de 20 meses de trabalho são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
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