quinta-feira, 19 de junho de 2025

Senador Sérgio Moro se enfurece com injustiça e perseguição contra o juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato; Girão complementa: ‘é vingança mesmo’


O senador Sérgio Moro, que foi o juiz da operação Lava Jato na primeira instância, denunciou, da tribuna do Senado, a perseguição que está sendo empreendida contra outro juiz da Lava Jato, o juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro. Moro disse: “eu quero fazer aqui um discurso em defesa do Juiz Marcelo Bretas, lá do Rio de Janeiro. Ele foi Juiz da Operação Lava Jato lá no braço do Rio de Janeiro e foi responsável por decisões corajosas que resultaram não só na condenação criminal de pessoas que literalmente saquearam o Rio de Janeiro, como o ex-Governador Sérgio Cabral, mas igualmente na recuperação de centenas de milhões de reais, até na casa de bilhões de reais, de dinheiro que foi roubado pura e simplesmente dos cofres públicos”. 

Moro explicou que o Conselho Nacional de Justiça decretou a aposentadoria compulsória do juiz Marcelo Bretas e disse: “eu tive a oportunidade de olhar esse processo e, sinceramente, o quadro probatório não é convincente. Basicamente, o CNJ fiou-se nas declarações de um advogado ressentido, amargurado, e, em relação a esse depoimento, não há provas de corroboração”.

O senador afirmou: “Fala-se tanto que a Lava Jato violou a presunção de inocência. Na verdade, não! Contra as pessoas que foram condenadas e presas tinha provas escancaradas de que haviam roubado o Erário. Agora, quando o Juiz é processado disciplinarmente, a ele se nega a presunção de inocência, se confia na palavra de um suspeito, de um criminoso, sem prova de corroboração, para aposentá-lo compulsoriamente. Então, o CNJ errou. A decisão, a meu ver, não é a correta à luz das provas que ali havia”.

Em aparte, o senador Eduardo Girão apontou: “O que a gente vê é vingança mesmo. Vingança com alguém que mexeu, que teve a coragem, a ousadia do bem de cumprir o que manda a nossa Constituição, mas mexeu com a elite política do Rio de Janeiro”. Moro prosseguiu alertando que a decisão será utilizada para anular processos e beneficiar corruptos, como ocorreu com a Lava Jato. 

O juiz Marcelo Bretas compartilhou trechos do discurso do senador Sérgio Moro e disse: 

“O que está em jogo não é apenas o meu nome. É a integridade de um sistema que deveria proteger quem age com coragem, ética e responsabilidade diante do crime.

Quando o senador Sérgio Moro que conhece de perto os desafios de quem enfrenta grandes estruturas afirma publicamente que “o quadro probatório não é convincente”, é sinal de que a sociedade precisa parar e refletir: Estamos testemunhando o enfraquecimento da justiça?

Ou apenas tentando silenciar quem ousou enfrentar o que muitos preferem ignorar?

Atuei com firmeza e responsabilidade em processos que desmantelaram esquemas de corrupção e devolveram esperança à população brasileira sobre a possibilidade de justiça.

Cumpri minha função dentro dos limites da lei, com zelo, preparo técnico e transparência.

Não se pode transformar um agente da lei em réu apenas por desagradar interesses.

A justiça não pode ser seletiva. A punição sem provas não é justiça. É vingança disfarçada de processo.

Essa situação não diz respeito apenas a mim. É um alerta.

Que o debate seja técnico.

Que o processo seja justo.

E que não se confunda coragem com crime”.

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