Da tribuna, o senador Eduardo Girão questionou a omissão conivente da velha imprensa com a ditadura implantada no país e com a roubalheira contra os cidadãos. O senador apontou: “eu até entendo a omissão, a indiferença de parte expressiva da grande mídia; nós até podemos compreender isso como parte de um jogo de interesses puramente econômicos, numa cumplicidade com o regime ditatorial formado por Lula e alguns Ministros do STF, mas olha o que está acontecendo, o que não está sendo dito pela grande mídia”.
O senador apontou: “estou falando aqui do escândalo que o mundo todo já percebeu, pelo menos os brasileiros que estão lá fora do país, perseguidos, que têm denunciado o que está acontecendo, exilados, pessoas até asiladas, que já conseguiram asilo e que estão sendo perseguidas pelo Governo Lula, que contrata escritórios por milhões de dólares, como se o Brasil estivesse nadando em dinheiro, como se estivesse tudo maravilhosamente bem no nosso país. O Governo Lula contrata escritórios a peso de ouro, como na Argentina, para caçar os brasileiros do dia 8 de janeiro; como a Carla Zambelli, para caçar a Deputada, que está na Itália; como também para defender o Alexandre de Moraes, com o nosso dinheiro, com o dinheiro de quem está nos assistindo e nos ouvindo, como, repito, se o Brasil estivesse às mil maravilhas. Eu nunca ouvi falar isso na história do país. Por favor, me corrijam se eu estiver equivocado, mas no Brasil nunca foi prioridade pegar o dinheiro do povo e colocar para escritório de advocacia por milhões de dólares para caçar brasileiros”.
Girão prosseguiu lembrando que há revelações ocorrendo constantemente sobre as atividades do ministro Alexandre de Moraes e seus auxiliares, no Supremo Tribunal Federal e também no Tribunal Superior Eleitoral. Ele disse: “o Senador Esperidião Amin até entrou com a CPI, e quase 30 Senadores a assinaram. Mas isso não está todo dia na grande mídia, estranhamente, e é uma coisa tão escandalosa, tão séria que mostra a podridão dentro dos tribunais, a caçada política desses tribunais que viraram tribunais políticos. Isso não está na ordem do dia, por incrível que pareça. Se isso não é matéria interessante, eu não sei o que é, mas a gente entende, até porque, eu participei da CPI da Pandemia, da covid, e todos os dias os grandes veículos de comunicação falavam desse assunto. Agora, com a CPMI do INSS, do roubo dos velhinhos, estranhamente não se fala nesse assunto. É porque o desgaste... Quem está no poder é outro, e o desgaste parece não interessar à grande mídia brasileira, que se cala vergonhosamente”.
O senador relatou que o ex-auxiliar de Moraes, Eduardo Tagliaferro, vem há meses apresentando provas das ilegalidades no TSE e no STF, e disse: “O devido processo legal no Brasil acabou - no lixo. Aliás, o que está acontecendo amanhã, para mim, não é julgamento. Para mim, é execução o que nós vamos ver amanhã no Brasil, uma página triste da nossa história. A sentença já está pronta. Todo mundo sabe disso. É teatro, encenação. Mas, fosse o Brasil um país democrático com os Poderes funcionando de forma independente, bastariam apenas as graves violações apresentadas no escândalo conhecido como Twitter Files, para que imediatamente fosse aberto um processo de impeachment. E foi dada a entrada, mas ele não foi aberto ainda aqui, do Ministro Alexandre de Moraes, no Senado Federal. Isso porque foram demonstrados, naquele escândalo, em detalhes, uma série de procedimentos completamente ilegais adotados pelo TSE e pelo STF na remoção de conteúdos e perfis nas redes sociais que incomodavam aqueles que se consideravam os donos do poder e que, por isso, se julgam capazes de agir acima da lei do país”.
Eduardo Girão mostrou mensagens trocadas entre auxiliares do ministro para perseguir ilegalmente a deputada Carla Zambelli e questionou: “Você acha que o Brasil é democrático ainda? Milhares de perfis - está revelado aqui, eu vou ler -, milhares de perfis de brasileiros, cerca de 3 mil, foram calados na época da eleição de 2022. Sabem por quê? Porque tinham um posicionamento diferente do sistema, do regime à época, político inclusive, por crime de opinião, e não existe crime de opinião, mas eles inventaram para calar opositores, quem critica Ministro do STF, quem criticava o então candidato Lula, ou seja, totalmente parcial. Os tribunais do Brasil funcionando como partido político”.
O senador apontou outros exemplos de censura e perseguição política e disse: “Repito pela terceira vez a pergunta, me desculpe: você acha que vive num país democrático? Você acha que o Brasil é democrático? Mas até agora nenhuma denúncia de ilegalidade alcançou a proporção da crueldade praticada em relação a centenas de presos políticos do 8 de janeiro. Pais, mães, avós que foram detidos, portando apenas uma bandeira do Brasil, uma Bíblia, zero de armas - zero, nem arma branca, como se diz, zero -, sendo tratados como perigosos terroristas, sem nenhuma prova de qualquer participação ativa nos tumultos, sem direito à defesa e ao contraditório, sem direito à dupla jurisdição, sem muitas vezes seus advogados não terem acesso aos autos. Uma vergonha completa, o que está acontecendo no Brasil”.
Girão mostrou a atividade dos auxiliares de Moraes para prender ilegalmente os manifestantes e disse: “Estamos diante de um escândalo estarrecedor, sem nenhum precedente na Suprema Corte da Justiça brasileira, que comete sucessivas ilegalidades explícitas. Isso é coisa que você vê naqueles filmes nazistas da história, mostrando a história, essa caçada. Meu Jesus, o STF não tem o poder constitucional de ingerir no TSE e muito menos de utilizar funcionários e estruturas administrativas com o intuito de promover intimidação, perseguição e censura prévia. O STF vem usurpando competências ao fazer investigações e acusações, que são funções restritas à Polícia Federal e ao Ministério Público”.
Eduardo Girão afirmou: “Em quase todos os casos registrados pela Vaza Toga, fica evidenciada a ausência do devido processo legal, sem o tão necessário contraditório e a ampla defesa, que é prevista no nosso ordenamento jurídico. Além de todas essas arbitrariedades flagrantemente ilegais, se destaca a total parcialidade de um magistrado, o que por si só já justificaria a completa anulação de todos os processos conduzidos por Alexandre de Moraes, dentre eles, a condenação, absolutamente injusta, de centenas de presos políticos, assim como a da Deputada Federal Carla Zambelli. É escandaloso”.
O senador anunciou: “A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, amanhã, Sr. Presidente, vai ouvir, finalmente, o depoimento de Eduardo Tagliaferro. (...) Vamos buscar respostas para a seguinte pergunta amanhã: por que Eduardo Tagliaferro foi condenado, com pedido de extradição, mas nenhuma de suas gravíssimas denúncias foram sequer investigadas? Por que essa caçada? Quer dizer que vão atrás do mensageiro - do mensageiro -, e não analisam a mensagem gravíssima dele? Mas vão atrás do mensageiro para a vingança, para a revanche”.
O senador Eduardo Girão concluiu o discurso questionando: “até quando o Senado vai ficar calado, omisso, inerte? Quantas vidas de homens e mulheres de bem ainda terão que ser destruídas para que finalmente a Casa revisora da República saia dessa omissão covarde e cumpra seu dever constitucional, abrindo o processo de impeachment de Alexandre de Moraes? Até quando? Até quando, Brasil?”
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