quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Senadores Magno Malta, Heinze e Jorge Seif reagem à prisão de mais de 900 cidadãos a mando de Moraes: ‘Que os inocentes retornem às suas casas’


O senador Magno Malta participou da visita feita por um grupo de senadores às centenas de pessoas que foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O senador comentou, ao longo do dia, os preparativos para a visita, e, na volta, relatou os problemas nas condições prisionais e, especialmente, a injustiça vista nas prisões sem qualquer individualização de condutas. O senador afirmou: “são situações que entristecem demais a gente, mas Deus me deu a graça de orar com eles”. 

O senador Luis Carlos Heinze disse: “Fui verificar de perto as condições das mais de 600 pessoas que foram detidas, em razão dos atos do dia 8 de janeiro. Difícil demais, estamos falando de pessoas que nunca pisaram em uma delegacia e foram vinculadas a atos políticos, ainda em investigação. Entendo que a prisão preventiva é um excesso. As condições humanitárias não estão sendo respeitadas!”. 

O senador Jorge Seif Jr. apontou que o grupo está contactando a OAB e o STF para pedir pelos presos, para que os direitos humanos sejam respeitados, que a investigação seja rápida, e que os inocentes retornem às suas casas.

Os cidadãos em questão estão presos há mais de um mês, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que age sob o olhar conivente do Senado Federal comandado por Rodrigo Pacheco. No primeiro mandato de Pacheco, dezenas de pedidos de impeachment do ministro ficaram sem qualquer análise, empilhando-se nas gavetas do presidente do senado. 

No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. 

No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; quebra de sigilos do ajudante de ordens do presidente da República; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; entre outras. Ao longo desses quase quatro anos, o senado nada fez para barrar as arbitrariedades. 

A totalidade da renda da Folha Política, assim como de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ex-corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, com o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O inquérito administrativo já se arrasta há mais de um ano e meio, chegando ao seu terceiro relator, o ministro Benedito Gonçalves, que, dia após dia, mantém vigente a ordem que retira o sustento de famílias e empresas.  Há mais de 19 meses, todos os rendimentos do jornal estão sendo retidos sem justificativa jurídica. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode nos ajudar a continuar nosso trabalho, doe qualquer valor através do Pix, usando o QR Code que está visível na tela, ou com o código ajude@folhapolitica.org

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