Durante sessão do plenário da Câmara, houve um tumulto após o discurso do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pediu a instalação da CPMI para investigar os atos do dia 8 de janeiro. O deputado lembrou que, antes da eleição, os petistas afirmavam ter aversão ao que chamavam de “orçamento secreto’. Ele explicou: “agora, esse dinheiro está todo dentro do ministério”.
O deputado apontou que até a velha imprensa está mostrando que o governo Lula tenta usar o dinheiro para pressionar deputados. Ele disse: “60 milhões para parlamentares esvaziarem a CPMI. Esse dinheiro é do ministério do Lula, para comprar parlamentares. Isso aqui, para quem fez mensalão, é tranquilo”.
Imediatamente após o discurso de Eduardo Bolsonaro, um deputado esquerdista passou a gritar ao microfone, afirmando que se sentiu ofendido com o discurso do colega e dizendo que não aceitava a escolha de palavras do deputado. Seguiu-se uma gritaria que foi controlada pelo presidente da sessão.
Investigações seletivas estão comuns no País. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. A renda do jornal vem sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 20 meses, toda a renda de jornais, sites e canais conservadores está sendo retida, sem qualquer base legal.
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