Por meio de suas redes sociais, o deputado federal Marcel van Hattem comemorou a saída do presídio de dezenas de presos políticos do 8 de janeiro e relatou como conheceu a história do preso Miguel Ritter, cuja filha tornou-se a presidente da Associação dos familiares e vítimas de 08 de janeiro (ASFAV).
Van Hattem disse:
“Lembro bem quando o Rafael, filho do seu Miguel Ritter me ligou para contar o drama que a família estava vivendo pós 8 de Janeiro, poucos dias após o ocorrido. Logo depois conheci sua irmã, a Gabriela, em visita ao gabinete em Brasília. Me contaram que seu pai, que nunca teria se envolvido em qualquer confusão, entrou no Palácio do Planalto para se proteger das bombas e do entrevero do lado de fora - até o momento não foi produzida uma única prova desmentindo a versão que sustentam.
A dedicação dos dois à situação não só do próprio pai como também de todos os demais presos de forma ilegal pós-eventos em Brasília me comoveu desde o princípio. A Gabriela, também advogada, "botou a cara" e tem defendido por onde passa com coragem, como advogada que é mas também como ser humano de enorme coração, seus colegas advogados e os familiares das vítimas do 8 e 9 de Janeiro, inclusive em audiências públicas na Câmara e no Senado.
Após longos sete meses, na última quarta, dia 9, seu Miguel foi finalmente solto. Pude compartilhar da alegria dos filhos e advogados amigos ainda naquela noite em Brasília. Depois, recebi as imagens da chegada de Miguel no sábado a Santa Rosa, cidade onde é muito benquisto e tem há mais de 30 anos uma oficina mecânica que hoje conta com dezenas de colaboradores. Só podemos imaginar o quanto sua ausência comoveu a cidade!
Ainda temos muito trabalho pela frente - seu Miguel e tantos outros presos já soltos seguem com tornozeleira eletrônica e restrições de liberdades como apresentação rotineira à polícia e impossibilidade de deslocar-se para fora de suas regiões de residência. Além disso, infelizmente ainda há dezenas de pessoas presas contra as quais até o momento o Estado não produziu uma única prova ou imagem de que tenham depredado prédios públicos ou praticado atos violentos. É absurdo atrás de absurdo!
Por isso mesmo foi uma alegria saber que Miguel e tantos outros que foram injustamente presos puderam passar hoje o Dia dos Pais com seus filhos e nas suas casas. Um alento diante de tanta injustiça.
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No 1° video está o sen Girão. Em nome dele e do dep Sanderson, um agradecimento a todos os demais parlamentares que têm se levantado!”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal.
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