quarta-feira, 11 de junho de 2025

Deputado André Fernandes enfrenta Hugo Motta e cobra, frente a frente, compromissos de campanha: ‘sensação é de traição, de enganação, de arrependimento’


Durante sessão do plenário da Câmara, o deputado André Fernandes dirigiu-se diretamente ao presidente da Casa, Hugo Motta, e cobrou os compromissos assumidos para sua eleição, em especial o projeto de anistia aos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, compromisso assumido por Motta e engavetado assim que assumiu o cargo. 

André Fernandes lembrou Hugo Motta que, antes de ser presidente, ele é também um deputado federal, e disse: “eu falo para além da pessoa do Presidente Hugo Motta: falo ao Deputado Hugo Motta. Este Parlamentar que aqui está, ao lado destes companheiros da Oposição, tem um sentimento simples, o sentimento de ter sido enganado. Este sentimento eu carrego, Presidente e Deputado Hugo Motta, porque, no início desta Legislatura, nós nos comprometemos em votar em V.Exa. para ser o Presidente desta Casa. Nós tínhamos algumas pautas muito claras. (...) Uma pauta clara era a pauta da anistia. Foi-nos prometido claramente o seguinte: "Votem em Hugo Motta, que a anistia será pautada". Já se passaram 5 meses, nós estamos no mês de junho, e até agora não vimos a anistia ser pautada, não vimos o IOF ser barrado e, além de qualquer coisa, nós não estamos vendo a defesa constitucional desta Casa”.

O deputado mencionou as declarações de Hugo Motta à velha imprensa, quando afirmou que submeterá a Câmara dos Deputados ao arbítrio de ministros do Supremo Tribunal Federal, sem sequer consultar os parlamentares eleitos pelo povo. O deputado lembrou vários exemplos em que o Legislativo foi “atropelado” pelo STF sem qualquer reação. Fernandes apontou: “pelo que me consta, nem a Mesa Diretora foi consultada: foi uma decisão única e exclusiva do Deputado Hugo Motta dizer que vai seguir o que a ordem judicial determinou porque ‘transitou em julgado’. Esta Câmara, mais uma vez, vai ser feita de palhaça perante o povo brasileiro”.

André Fernandes explicou ao presidente que o eleitorado não aceitou que os deputados tenham votado nele e prosseguiu: “por ter espírito de grupo, eu segui o que meu grupo determinou. Porém, hoje a sensação é de traição, de enganação, de arrependimento, porque nós estamos sendo desrespeitados dia após dia”. Ele lembrou que os deputados da oposição são perseguidos sem qualquer reação por parte da Câmara e questionou: “para que serve ser eleito senão para representar o povo e falar o que o povo gostaria de falar mas não pode?”. 

O deputado explicou: “Eu venho aqui hoje para dizer, Deputado Hugo Motta, que é tão Deputado quanto cada um de nós, mas que, neste momento, ocupa a cadeira da Presidência, que seu papel constitucional é defender esta Casa, seu papel constitucional é defender a Constituição, defender a democracia, defender os seus”. Ele pediu: “O que eu estou dizendo aqui, Deputado Hugo Motta, é o seguinte: resgate a força da Câmara dos Deputados! Não aceite que um Deputado seja cassado, seja qual for o motivo, sem o aval desta Casa! Se a Deputada Carla Zambelli, ou qualquer que seja o Deputado, for cassada, traga este caso para decidirmos aqui em plenário. Que os Deputados coloquem sua digital na cassação, na perda de mandato, como fizeram com Daniel Silveira, mas dizer que simplesmente vai acatar uma decisão é um desrespeito. Isso é um chute na cara de V.Exa., Presidente; é um chute na cara dos Parlamentares; é um chute na cara da Oposição”.

Ao responder, o deputado Hugo Motta debochou da oposição e da perseguição política que sofre, dizendo que a pauta da anistia não estaria engavetada porque ele conversa com líderes sobre esse assunto. Na realidade, o presidente da Casa alegou um acordo com líderes para ignorar um requerimento de urgência para a anistia, assinado pela maioria dos parlamentares eleitos pelo povo brasileiro. Motta afirmou que suas declarações à velha imprensa não diziam respeito à ordem de prisão da deputada Carla Zambelli, e afirmou que a decisão sobre a perda do mandato de Zambelli será tomada pelo plenário da Casa. 

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