terça-feira, 22 de julho de 2025

Van Hattem denuncia ordem ilegal de cancelamento de sessão contra Moraes e pró-Bolsonaro na Câmara: ‘Chantagem! Muito grave’


O deputado Marcel Van Hattem se pronunciou, pelas redes sociais, após o presidente da Câmara, Hugo Motta, proibir o funcionamento das comissões. Dezenas de deputados haviam retornado a Brasília após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impor “medidas cautelares” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, piores do que uma prisão domiciliar. 

Van Hattem explicou que, quando os deputados já estavam em sessão da Comissão de Segurança Pública, foram informados da decisão esdrúxula do deputado Hugo Motta. O deputado apontou: “lamentavelmente, nós tivemos uma decisão ilegal da Mesa Diretora, do presidente Hugo Motta, de cancelar as reuniões das comissões”. Van Hattem lembrou que a Câmara nem poderia estar em recesso, já que não votou a LDO, e o presidente da Casa sequer está no Brasil. 

O deputado afirmou que Motta, mais uma vez, declarou que pretende levar a votação as pautas da oposição, como vem declarando, sem que, no entanto, jamais tenha cumprido suas promessas. Marcel Van Hattem disse que Motta teria concordado em colocar em pauta o fim do foro privilegiado, o fim das decisões monocráticas, e acrescentou: “e a instalação da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE”. O deputado disse: “são pautas nossas, da oposição, e nós precisamos vê-las andar já na volta do recesso”. 

O deputado disse: “Então nós vamos ter a oportunidade de cobrar. E aí eu digo aqui, com toda a franqueza, vai ser o momento da oposição demonstrar que não está para brincadeira, de ficar aqui até o momento que for em Brasília, para ver pautadas as nossas prioridades”.

Marcel Van Hattem ponderou: “é algo muito grave o que nós vimos acontecer, essa chantagem que é feita muitas vezes com os deputados da oposição”. Ele lembrou: “eu fui candidato à presidência da Casa e tenho, inclusive, feito apelos para o Hugo Motta para que ele aja como presidente de todos os deputados. E nas suas mãos está a capacidade de resolver esse impasse institucional”.

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