quarta-feira, 23 de julho de 2025

‘Estadão’ reconhece censura de Moraes e leitores apontam conivência e hipocrisia: ‘Elogiaram o carrasco e agora fingem assombro’


O veículo da velha imprensa O Estado de São Paulo publicou um editorial em que reconhece que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que proíbe a veiculação de entrevistas, pronunciamentos e declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro é um caso evidente de censura - vedada pela Constituição brasileira. 

Embora alguns tenham comemorado o editorial como uma espécie de “despertar” do antigo jornal, juristas, parlamentares e cidadãos relembraram o papel do veículo em criar o estado de coisas que agora simula denunciar. Muitos dos que comentaram lembraram ainda que, mesmo quando admite os problemas, o antigo jornal sempre mantém firme a postura de perseguição aos seus adversários políticos e de assassinato de reputações. 

O deputado Marcel van Hattem questionou o jornal: 

“Só viram a censura agora? Vocês ELOGIARAM a decisão de Moraes sexta-feira – desmontada por Fux com base na agressão a garantias fundamentais, à proporcionalidade e à LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Vocês publicaram na sexta, em letras garrafais, que Bolsonaro “fez por onde”, colocando a culpa na vítima pelos abusos que está sofrendo. 

O Estadão é parte do problema, inacreditável o que virou o jornal! Editoriais que sequer conversam entre si, são escritos ao sabor de algum vento, talvez qualquer vento. 

Aprume-se, Estadão! Parem de se aliar ao abusador, parem de curvar-se ao ditador e bajulá-lo! Querem uma dica sobre como fazer? Basta assumir que esse processo é nulo e partir daí em cada editorial: o STF não é foro para esta farsa e um juiz não pode ser ao mesmo tempo vítima, acusador, investigador e julgador. 

É simples, Estadão: partam daí e não errarão mais, não importando quem é o réu, se é alguém do agrado ou não do editorialista.

E voltem a defender o que um dia esse jornal defendeu: a democracia, o Estado de Direito, a liberdade e o repúdio e condenação de TODA e QUALQUER censura.”

O deputado estadual Márcio Gualberto expôs: 

“O editorial do Estadão está publicizando a censura e o autoritarismo do sr. Alexandre de Moraes. Entretanto, é necessário esclarecer que o ministro faz isso, pelo menos, desde 2019 (início do governo Bolsonaro). Não começou agora. Não estamos diante de nenhuma novidade. E, se a maioria esmagadora da imprensa brasileira não tivesse sido omissa, e até mesmo poderosa aliada do censor-mor da República, talvez estivéssemos vivenciando dias plenamente democráticos. E digo mais, Alexandre foi ajudado por outros ministros supremos (existem várias digitais nesse desastre). A verdade é que o Brasil — em decorrência dos homens fracos que estão no poder — está à beira do abismo. A situação é tão grave — e a doença já está num estágio tão avançado — que apenas medidas amargas poderão reestabelecer a saúde política, econômica e social que tanto almejamos”.

A escritora Claudia Wild desabafou: 

“Esta porcaria de panfleto até quando escreve alguma matéria mais ou menos, precisa desumanizar seus desafetos ideológicos e insistir na sua insignificância moral. Veja como denunciar que a grama é verde e na mesma denúncia dizer que quem assim enxerga, “dá munição para o bolsonarismo”.

Ou seja, o “bolsonarismo” não é vítima de perseguição e não tem direitos lesados. Ele apenas gosta de reclamar de maneira ‘vitimista’. 🤮”

Cláudia Wild também respondeu a uma postagem do jornalista que assinou artigos com “listinhas” de opositores a serem perseguidos, denunciando a hipocrisia:

“Ora, ora! Mas quer dizer então que o jornalista do Estadão que deu início a toda perseguição que a direita sofre no Brasil, o sujeito que elaborou listinha fascista de uma tal e inexistente “milícia digital”, colocando uma estrela na testa de inúmeros inocentes - que cometeram o “crime gravíssimo” de ter opinião e esta opinião não coincidir com a dele, agora está preocupadinho com os rumos da ‘democracia’ brasileira? Jura? 

Escrever um artigo e divulgar no jornaleco que trabalha para PEDIR PERDÃO aos seus caluniados, nem pensar, né? 

O pai da criatura está preocupado com sua criação. Meu Deus, pobrezinho. Haja cinismo! 🤡”

O jornalista Marcos Petrucelli descreveu:

“Um editorial ao mesmo tempo canalha e imbecil. Para o Estadão, mesmo que as decisões de Moraes sejam abusivas e que isso faz com que o país experimente a CENSURA, o que escancara motivações políticas do STF, o problema mesmo é que tal ABUSO dá munição ao "vitimismo" bolsonarista!

A velha imprensa não aprendeu nada!”

O perfil Jabootikaba apontou: “O editorial do Estadão é meio esquizofrênico. Um dia diz que Eduardo Bolsonaro comete crime de lesa Pátria, no outro diz que Alexandre de Moraes censura e que abusa do poder de ministro do STF”.

A cidadã Sandra lembrou: “Censura que já vem acontecendo há algum tempo, mas só agora vcs resolveram se posicionar contra, pq agora atingiu vcs! A imprensa é uma das grandes culpadas pelo momento que vivemos. Faz uma cartinha agora pelo “estado democrático de direito” 🤡”

O investidor Leandro Ruschel  lembrou: “O Estadão não tem a menor legitimidade para denunciar censura, já que foi o panfleto que DEU INÍCIO AO PROCESSO DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NO BRASIL, ao criar listas negras de "bolsonaristas", posteriormente usadas pelo regime para perseguição política”.

O jornalista Max Cardoso ironizou: “Para o Estadão, os maiores problemas do Brasil hoje são a “percepção” que as pessoas têm do STF e o “vitimismo bolsonarista”.Todas as decisões arbitrárias, ilegais, inconstitucionais e injustas não são tão problemáticas assim”.

O pesquisador Enio Viterbo questionou: 

“Prezado Estadão,

Se você entende que houve uma decisão abusiva de Moraes, como você diz que isso dá "munição ao vitimismo bolsonarista" e que reforça a "percepção de que o STF age por motivações políticas"?

Veja:

Houve decisão abusiva? Então houve uma vítima dessa decisão.

Houve decisão abusiva por motivações políticas? Então não há "percepção" de uma decisão por motivações políticas", EXISTE uma decisão por motivações políticas.

Esse "doisladismo" é absurdo.

Toda vez que vai criticar o juiz, tem que criticar o réu também?”

Enio Viterbo também apontou: 

“É irônico como a imprensa trata essa decisão do ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro.

Parece que a imprensa entendeu que o ministro cometeu um abuso no caso de Bolsonaro, e que a decisão de Moraes viola a liberdade de expressão e até a liberdade de imprensa.

O problema é que o ministro faz isso dia sim e dia também.

Tira perfis aleatórios do ar, proíbe réus de dar entrevistas, censurou a Crusoé, usou o TSE para tentar tirar a Revista Oeste do ar...

Lembrem que ele proibiu Filipe Martins de dar entrevista a fim de evitar "risco de tumulto neste momento processual".

Que risco?

Que tumulto?

Nunca saberemos.

Já se fala em censura, mas não em censor.”

O deputado Cabo Gilberto Silva alertou: “Fale enquanto pode Estadão, a tirania chegará a todos!”

A cidadã Talita ironizou: “Parabéns, Estadão!  Vocês são cúmplices desse regime”. 

O general Elias Martins disse: 

“Um editorial covarde e parcial, que só veio à tona porque, agora, com esta decisão, eles mesmos se viram censurados.

“À Corte, não basta ser imparcial, tem que parecer…”

Que o jornal aponte em que momento as investigações contra Bolsonaro e esse julgamento foram imparciais!”

O jurista Andre Marsiglia ironizou: “Hoje, a Rutinha não apenas tomou conta do editorial, como ainda saiu dando bronca na Raquel. ‘Eu não disse que ia acabar assim? Eu avisei’, esbravejou. O trecho do vitimismo bolsonarista deve ter sido escrito por uma concessão da Ruth à Raquel”. O advogado publicou trecho de entrevista e acrescentou: “E, pode esperar, quando Moraes parar de atingir a imprensa, Moraes volta a ser o cavaleiro da democracia para jornalistas, advogados e empresários que não estarão sendo atingidos.  É assim que um regime autoritário se mantém, com a conivência de quem não é diretamente atingido”.

O deputado Anderson Moraes disse: “Parte da rede de publicidade vem se queixando da censura. Foram "orientadas" a não publicar NADA de Bolsonaro em suas Redes Sociais. Ou seja, virou CENSURA quando atingiram eles, impedindo-os de escarnecer do líder da oposição. Bem vindos ao "vitimismo", tem mais por aí!”. 

A fonoaudióloga Clara Mendonça perguntou: “Acordaram só agora???”

O advogado Rodrigo Otávio Barbosa Camba observou: “O Estadão aparentemente sofre de dupla ou tripla personalidade!”. 

A internauta Patricia apontou: “A hipocrisia do Estadão não é única, mas mostra o quanto a mídia do Brasil não é confiável. Elogiaram o carrasco e agora fingem assombro”.

Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica. 

Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator. 

Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa. 

As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção. 

Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais. 

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