sexta-feira, 3 de março de 2023

Coronel Ulysses pede CPMI por abusos de Moraes: ‘só as ditaduras mais abomináveis e nefastas são capazes de tamanha afronta aos mais elementares direitos do cidadão’


Da tribuna da Câmara, o deputado Coronel Ulysses questionou até quando o parlamento vai continuar omisso face às violações de direitos que têm ocorrido nas prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado lembrou que já há assinaturas para instalar uma CPMI, mas a comissão ainda não foi instalada. 

O deputado apontou: “felizmente, em prazo recorde, nós conseguimos protocolar o pedido de instalação da CPMI de 8 de Janeiro. Essa CPMI tratará da prisão de mais de 900 pessoas, de todo o Brasil. Saliento que no Brasil não existe crime coletivo. Até quando vão permanecer presas essas pessoas?”. 

Coronel Ulysses lembrou: “Na história da República nunca houve prisões políticas em massa como esta de agora. Só as ditaduras mais abomináveis e nefastas são capazes de tamanha afronta aos mais elementares direitos do cidadão”.

O deputado lembrou ainda a necessidade de investigar todos os fatos relativos ao 8 de janeiro, inclusive as omissões e ações do governo federal. Ele disse: “A CPMI deve, certamente, apurar também as responsabilidades, se houve omissão em relação às providências daqueles que deveriam evitar o vilipêndio e a depredação do patrimônio público. Queremos uma investigação cautelosa e isenta, para que a justiça seja feita”. 

O deputado lembrou ainda que as prisões em massa não são os únicos abusos que vêm ocorrendo sob o olhar complacente do Congresso Nacional. Ele apontou: “Do nosso Acre, o Estado que eu represento, nove pessoas estão presas. Essas pessoas estavam em frente ao quartel, estavam apenas insatisfeitas e, logicamente, exercendo o seu direito de manifestação, de maneira ordeira, sem praticar qualquer tipo de violência. Sequer estiveram aqui em Brasília ou jogaram um grão de areia em qualquer prédio público e estão presas. Dentre elas há pessoas de bem, trabalhadores, inclusive idosos e algumas pessoas doentes, que precisam de tratamento de saúde. Esses acrianos e muitos dos brasileiros de outros Estados presos em Brasília estão sendo vítimas de abusos flagrantes, sem falar da busca e apreensão contra vários empresários, que geram empregos no nosso País, da falta de acesso aos processos, o que já foi denunciado por seccionais da própria OAB, e da censura prévia a órgãos de imprensa. Esses atos merecem toda a nossa indignação e o nosso protesto”.

Há quatro anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos, com a conivência do Congresso Nacional. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa e com a extrema-esquerda, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro. 

O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. Esses depoimentos, “relatórios” e “reportagens”, produzidos por pessoas interessadas, embasam medidas extremas contra conservadores, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. 

A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. Atualmente, toda a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 20 meses, todos os rendimentos de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.  

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a impedir o fechamento do jornal, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela, ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há 10 anos, a Folha Política vem fazendo a cobertura da política brasileira, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel midiático que quer calar vozes conservadoras. Pix: ajude@folhapolitica.org


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário