sábado, 22 de abril de 2023

Senador Girão ironiza ‘apoio’ do governo à CPMI: ‘o objetivo deles é claro: ocupar a CPMI para não deixar investigar o que tem que ser investigado’


Em entrevista concedida à TV Senado, o senador Eduardo Girão ironizou as lideranças petistas que, ao verem que a instalação da CPMI do dia 8 de janeiro é inevitável, passaram a defendê-la e a tentar tomar o controle da Comissão de Inquérito. Girão lembrou que os governistas costumavam opor-se veementemente à CPMI, mas, após a divulgação das imagens do ministro de Lula com invasores, e após a obstrução promovida nas Casas Legislativas, subitamente decidiram querer a investigação. Ele disse: “Agora, viram que não tem jeito, viram que não adianta cooptar parlamentares. Os próprios parlamentares denunciaram que estavam recebendo propostas de emenda parlamentar, de cargos, para retirar assinatura.  Viram que não surtiu efeito, que a população está ligada, está cobrando. Aí, esses mesmos governistas agora querem a CPMI. E o objetivo deles é claro: ocupar a CPMI para não deixar investigar o que tem que ser investigado”.

O senador garantiu: “nós vamos fazer o nosso trabalho”. Girão lembrou que as condutas de quem participou de qualquer ato precisam ser individualizadas, o que não ocorreu com as pessoas presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

Girão questionou: “e o governo Lula, que sabia de tudo, segundo a grande mídia nacional, sabia de tudo, porque recebeu da Abin, dois dias antes dos ataques, que o objetivo daqueles atentados seria destruir fisicamente as instituições. E o governo Lula, por que não fez nada em relação a isso?”. 

O senador lembrou que o povo só tem tido acesso às “narrativas oficiais” e que as imagens dos prédios dos três poderes vêm sendo escondidas da sociedade. Ele pediu a íntegra das imagens dos prédios dos três poderes: “No começo, foi só a parte que interessava ao governo. Agora, estão soltando outras. Mas tem que ser na íntegra. Sabe para quê? Para a gente identificar um a um nas imagens. Está no inquérito o cidadão que aparece na imagem, ou não foi preso, deixaram ir? Nós precisamos buscar a verdade, isso tem o poder de mudar a história do Brasil”. 

Eduardo Girão explicou que as imagens do ministro de Lula indicam uma colaboração do governo, e defendeu a necessidade de uma investigação profunda, sem blindagem. Ele admitiu que, se o governo tomar o controle da CPMI, não haverá nada disso. Girão comparou com a CPI da pandemia, onde cidadãos foram execrados e a corrupção não foi investigada. Ele disse: “Não deixaram investigar. Ali, foi narrativa pura, política eleitoreira. Nesta CPMI nós vamos fazer de tudo para que isso não ocorra”. 

O senador Zequinha Marinho, também em entrevista à TV Senado, apontou que a instalação da CPMI é “mais do que necessária”. Ele disse: “o Brasil todo espera por isso. Está todo mundo muito atônito, muito confuso, por causa dos adiamentos. Sabemos que há uma queda de braço entre governo e oposição, mas não tem…. quem não deve não teme. Então, para acabar com essa coisa toda, a CPMI deve ser instalada. O requerimento deve ser lido dia 26, na sessão do Congresso, para que se possa instalar a CPI, os partidos indicarem seus membros, seus representantes na comissão, e dar então a sequência do trabalho que deverá ser feito”. O senador lamentou: “infelizmente, essas postergações são corriqueiras aqui,  mas eu espero que se bote um ponto final em toda essa história no dia 26 e que as Casas possam funcionar com tranquilidade”.

A CPI da pandemia, mencionada pelo senador Girão, cumpriu seus objetivos de perseguir adversários políticos das lideranças de extrema-esquerda. Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a imprensa e ameaçar pessoas de prisão. 

O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. 

Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. 

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