O deputado federal Sargento Gonçalves se emocionou ao defender, da tribuna do Senado, os direitos dos brasileiros, que vêm sendo vilipendiados pela tirania exercida, em especial, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado disse: “não serão as dificuldades, não serão as características totalitárias que irão nos calar enquanto representante do povo brasileiro”
O deputado mencionou a censura que afeta os brasileiros e se emocionou ao dizer: “É triste, mas não podemos desistir, Senador, porque, ao sair de casa, de madrugada, eu deixei três crianças, os meus tesouros mais preciosos, lá em casa, assim como é a característica do caju, que trava - tem caju que trava a garganta. E trava a garganta, como trava a garganta quando a gente tem o risco e o medo de perder a nossa liberdade, sobretudo... Não a minha, porque acredito que já cheguei, na metade da vida e já se começa a descer... Já não me preocupo mais comigo, mas me preocupo com as minhas filhas, com as minhas três filhas. E qual é o futuro que nós queremos deixar para as próximas gerações? Para a Liz, para a Melissa, para a Elisa, para os nossos filhos?
E, mesmo com a garganta travando, da forma como a gente costuma chupar o caju lá no Rio Grande do Norte, lá no Nordeste, e a garganta trava... É travar nesse momento de ver alguém, um homem, querer tirar a liberdade do nosso povo. E não iremos permitir”.
Sargento Gonçalves afirmou: “Enquanto fôlego eu tiver, enquanto vida eu tiver, irei continuar cumprindo o juramento que eu fiz há 20 anos quando ingressei na atividade policial militar. Se preciso for, entregar nossa própria vida, em defesa da nossa tão valiosa - tão valiosa - liberdade. Liberdade é tão importante quanto a vida, porque o sujeito sem liberdade não vive plenamente. Que Deus possa ter misericórdia da nossa nação. Que Deus possa conceder sabedoria e discernimento aos 513 Deputados Federais e aos 81 Senadores da República, para que nós possamos ter como meta defender, continuar honrando o juramento que fizemos - porque não fui só eu: foi cada Senador, cada Deputado -, ao ingressar nesta Casa, de proteger a Constituição, de proteger as leis do nosso país. Não é nada mais do que isso que estamos pedindo. Respeitem a nossa Constituição, respeitem a legislação do nosso país”.
O deputado voltou a se emocionar ao dizer: “Eu creio que eu não vim aqui para me acovardar, Senador, e é por isso que eu estou aqui. Pensei que iríamos acampar até o dia 7 aqui no Senado Federal e sair daqui direto para a Paulista, para defender o bem mais precioso desta nação. Ah, se nosso povo soubesse a importância da nossa liberdade! Importante tanto quanto a água que molha, que é necessária para que o caju cresça. O que será do homem, sem liberdade? O que será de nós, sem a nossa valiosa liberdade? A liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão. Eu, que sou militar, nasci dentro de um quartel, praticamente, e sei o que é não ter uma liberdade plena, porque o militar é castrado em muitos dos seus direitos constitucionais. Eu não quero que o povo brasileiro sinta o que é ser castrado em um direito tão importante, tão sagrado, que é o direito à liberdade”.
Sargento Gonçalves disse: “E como eu poderia me acovardar neste momento, no qual eu vejo a liberdade do nosso povo se esvaindo, e ficar calado, e me calar diante de uma situação tão difícil que temos vivido? Eu choro, eu sou um homem chorão, mas sou um homem de coragem. E as minhas filhas não irão se envergonhar de mim. Eu posso até morrer defendendo a nossa liberdade, antes do que ficar vivo e minhas filhas de repente terem a ideia de que têm um pai covarde, que não teve a coragem de lutar pela liberdade delas, simplesmente com medo de perder um cargo que nada vale, se nós perdermos a nossa liberdade”.
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