quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Senador Seif perde a paciência, expõe ‘podres’ de Moraes em meio a denúncias de Tagliaferro, exige CPI imediata e convoca reação


O senador Jorge Seif Jr. subiu à tribuna para expressar sua indignação com as revelações do ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, e com a omissão subserviente do Senado Federal, que se recusa a cumprir seu papel e pautar o impeachment do ministro. 

O senador afirmou que o depoimento de Tagliaferro à Comissão de Segurança Pública do Senado Federal “revela um dos capítulos mais sombrios da nossa democracia”. Seif explicou: “[Tagliaferro] revelou como funcionava o gabinete paralelo do Ministro Moraes - esse, sim, ‘gabinete do ódio’”.

Jorge Seif Jr. explicou o modus operandi do ministro e seus asseclas: “o esquema era muito perverso: mensagens privadas de WhatsApp de empresários e cidadãos eram capturadas por pessoas que se infiltravam em grupos privados e as repassavam ao gabinete em forma de denúncia. Redes sociais de Parlamentares e influencers exclusivamente da direita eram monitoradas 24 horas. Segundo a denúncia de Tagliaferro, primeiro se pegava esse material e jogava na imprensa, para criar um escândalo, digamos assim, e depois Moraes assinava ordens de busca e apreensão, bloqueio de contas e perseguição, só que a justificativa dessas ordens vinha depois das matérias veiculadas; ou seja, era uma fábrica de denúncias motivadas pela imprensa, com a qual ele tinha contato! Tinha contato, inclusive, Sr. Presidente, com o Procurador-Geral Gonet!”

O senador prosseguiu: “O Tagliaferro contou que foi obrigado a produzir relatórios retroativos, em papel, justamente para permitir a adulteração de datas e dar aparência de legalidade ao que já tinha acontecido. (...) ele fazia em papel porque é mais fácil de alterar - aliás, adulterar. Adulteração de datas, inclusive”.

Após um aparte do senador Esperidião Amin, que reforçou a necessidade de oferecer proteção a Tagliaferro e sua família, o senador Jorge Seif Jr. disse: “primeiro puniam, depois inventavam a justificativa. E quero descrever aqui que não é mera irregularidade, são crimes graves previstos em lei”.

O senador expôs: “E o alvo não era só político. (..) O gabinete de Moraes perseguia cidadãos comuns, que ousavam criticar Lula, Suprema Corte ou questionar urnas. Havia monitoramento de perfis de direita nas redes sociais, ordens pessoais para rastrear críticos, relatórios feitos sob demanda para enquadrar opiniões como crimes. Isso aqui me lembra a polícia política de Josef Stalin e de Adolf Hitler. Por isso que nós chamamos a atual Polícia Federal de "Gestapo", e está aqui a prova! Não é Jorge Seif que está falando. É Eduardo Tagliaferro, umbilicalmente ligado com a gestão de Alexandre de Moraes no TSE. Ele revelou aqui que não era um Ministro, não era um Presidente do TSE; era um criminoso e uma quadrilha instalada na mais alta Corte eleitoral do nosso país”.

Seif explicou o motivo da perseguição de Moraes a Tagliaferro: “Sabem qual é o crime de Tagliaferro? Revelar a verdade do que aconteceu no TSE. Revelar a verdade de um gabinete de persecução à livre imprensa e à livre opinião, que, inclusive - olha que coincidência -, são protegidos pelo arts. 5º e 220 da Constituição Federal. Ou seja, a Constituição Federal, para Paulo Gonet, para Alexandre de Moraes e para essa turma que trabalhava para eles no TSE, não vale nada! Nada! Zero!” 

O senador afirmou: “O brasileiro está com medo de Alexandre de Moraes. Ao invés de respeitá-lo, temem-no porque sabem que ele é um perseguidor. Por isso que tomou uma Magnitsky no lombo porque é um censor, um perseguidor de direitos humanos e um violador de direitos humanos. Ele tomou uma Lei Magnitsky da maior nação do mundo, maior democracia, maior poderio bélico, maior economia. Tomou uma Lei Magnitsky, porque é violador contumaz, frequente e diário de direitos humanos no nosso país”.

Jorge Seif Jr declarou: “Diante disso tudo, não tem outra saída para este Senado senão aprovar a CPI da Lava Toga. (...) É hora de abrir uma CPI. É hora de devolver ao povo a confiança do juiz que julga, o promotor acusa e a polícia investiga, cada um no seu lugar, só assim teremos um Brasil livre, justo e verdadeiramente democrático”.

Segundo a Constituição Federal, o controle dos atos de ministros do Supremo Tribunal Federal é realizado pelo Senado, que pode promover o impeachment dos ministros em caso de crime de responsabilidade. No entanto, os presidentes da Casa vêm barrando a tramitação dos pedidos, sem consulta ao colegiado. Sem controle externo, alguns ministros do Supremo agem ao arrepio da Constituição. 

Em inquéritos secretos, o ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, promove uma aberta perseguição a adversários políticos. Em um desses inquéritos, a Folha Política teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. O inquérito foi arquivado por falta de indícios de crimes, mas os dados sigilosos foram compartilhados com outros inquéritos, abertos de ofício, e com a CPI da pandemia, que compartilhava dados sigilosos com a velha imprensa. 

Sem justificativa jurídica, o ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, confiscou toda a renda da Folha Política e de outros sites e canais conservadores, para impedir suas atividades. A decisão teve o aplauso e respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de 20 meses do trabalho de jornais, sites e canais conservadores vêm sendo  retidos sem qualquer base legal. 

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