O senador Jorge Seif Jr. subiu à tribuna para expressar sua indignação com as revelações do ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, e com a omissão subserviente do Senado Federal, que se recusa a cumprir seu papel e pautar o impeachment do ministro.
O senador afirmou que o depoimento de Tagliaferro à Comissão de Segurança Pública do Senado Federal “revela um dos capítulos mais sombrios da nossa democracia”. Seif explicou: “[Tagliaferro] revelou como funcionava o gabinete paralelo do Ministro Moraes - esse, sim, ‘gabinete do ódio’”.
O senador prosseguiu: “O Tagliaferro contou que foi obrigado a produzir relatórios retroativos, em papel, justamente para permitir a adulteração de datas e dar aparência de legalidade ao que já tinha acontecido. (...) ele fazia em papel porque é mais fácil de alterar - aliás, adulterar. Adulteração de datas, inclusive”.
Após um aparte do senador Esperidião Amin, que reforçou a necessidade de oferecer proteção a Tagliaferro e sua família, o senador Jorge Seif Jr. disse: “primeiro puniam, depois inventavam a justificativa. E quero descrever aqui que não é mera irregularidade, são crimes graves previstos em lei”.
O senador expôs: “E o alvo não era só político. (..) O gabinete de Moraes perseguia cidadãos comuns, que ousavam criticar Lula, Suprema Corte ou questionar urnas. Havia monitoramento de perfis de direita nas redes sociais, ordens pessoais para rastrear críticos, relatórios feitos sob demanda para enquadrar opiniões como crimes. Isso aqui me lembra a polícia política de Josef Stalin e de Adolf Hitler. Por isso que nós chamamos a atual Polícia Federal de "Gestapo", e está aqui a prova! Não é Jorge Seif que está falando. É Eduardo Tagliaferro, umbilicalmente ligado com a gestão de Alexandre de Moraes no TSE. Ele revelou aqui que não era um Ministro, não era um Presidente do TSE; era um criminoso e uma quadrilha instalada na mais alta Corte eleitoral do nosso país”.
Seif explicou o motivo da perseguição de Moraes a Tagliaferro: “Sabem qual é o crime de Tagliaferro? Revelar a verdade do que aconteceu no TSE. Revelar a verdade de um gabinete de persecução à livre imprensa e à livre opinião, que, inclusive - olha que coincidência -, são protegidos pelo arts. 5º e 220 da Constituição Federal. Ou seja, a Constituição Federal, para Paulo Gonet, para Alexandre de Moraes e para essa turma que trabalhava para eles no TSE, não vale nada! Nada! Zero!”
O senador afirmou: “O brasileiro está com medo de Alexandre de Moraes. Ao invés de respeitá-lo, temem-no porque sabem que ele é um perseguidor. Por isso que tomou uma Magnitsky no lombo porque é um censor, um perseguidor de direitos humanos e um violador de direitos humanos. Ele tomou uma Lei Magnitsky da maior nação do mundo, maior democracia, maior poderio bélico, maior economia. Tomou uma Lei Magnitsky, porque é violador contumaz, frequente e diário de direitos humanos no nosso país”.
Jorge Seif Jr declarou: “Diante disso tudo, não tem outra saída para este Senado senão aprovar a CPI da Lava Toga. (...) É hora de abrir uma CPI. É hora de devolver ao povo a confiança do juiz que julga, o promotor acusa e a polícia investiga, cada um no seu lugar, só assim teremos um Brasil livre, justo e verdadeiramente democrático”.
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