Durante audiência pública na Subcomissão Especial dos Direitos dos Presos do 8 de Janeiro, da Câmara dos Deputados, o advogado Cláudio Caivano explicou como os inquéritos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, são utilizados, desde seu início em 2019, para a perseguição política aberta e escancarada, em total desrespeito às leis, à Constituição, a tratados internacionais e ao Direito.
O advogado comentou o depoimento do jornalista Max Pitangui, que relatou seu caso, explicando que está preso mesmo sem haver um processo, sem denúncia, e até mesmo com relatório da Polícia Federal atestando sua inocência. Max Pitangui relatou que foi preso, inicialmente, porque uma procuradora de seu estado queixou-se diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, contrariando todas as leis criminais que determinam o foro de investigação e de processo: nem o jornalista tinha foro privilegiado, nem a procuradora poderia fazer pedidos diretamente ao Supremo, nem o ministro tinha qualquer poder para investigá-lo, processá-lo ou prendê-lo.